Câmara de Mauá quer acelerar construção de universidade federal

São Bernardo do Campo - Os vereadores de Mauá que integram uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) criada pelo Legislativo para acompanhar a instalação do campus da UFABC (Universidade Federal do ABC) na cidade pretendem se reunir com o reitor da instituição, Helio Waldman, nas próximas semanas. A ideia dos parlamentares é pedir mais celeridade junto ao MEC (Ministério da Educação) no trâmite do processo de compra do terreno que vai abrigar a universidade.

O presidente da CEI, vereador Átila Jacomussi (PPS), avalia que a morosidade pode comprometer a instalação do campus no município ainda neste ano. “Eu vejo que há uma demora muito grande pela definição da compra do terreno, enquanto outras cidades do ABC que já têm um campus da universidade já estão até pleiteando mais recursos. Se não agirmos rápido, Mauá poderá ficar para trás”, afirma Jacomussi. 

O prazo de atuação da comissão se expirou na última semana, mas o presidente da Casa, Rogério Santana (PT), prorrogou os trabalhos do grupo por mais quatro meses. Até o momento, a CEI não demonstrou resultados práticos sobre o caso. “A comissão ainda não encaminhou nenhum documento, mas pretendemos nos reunir com o reitor para reabrirmos os trabalhos do grupo”, disse o vereador Roberto Rivelino Ferraz, o professor Betinho (PSDC). O MEC avalia a aquisição de um terreno na cidade de propriedade do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), com 130 mil metros quadrados e estimado em R$ 50 milhões.

O ministério, porém, pondera que o preço médio para a compra deve cair para R$ 42,6 milhões. Por meio de sua assessoria de imprensa, a UFABC reafirmou o interesse do MEC em adquirir a área, mas não confirmou agenda do reitor com os vereadores. “Em janeiro de 2012, o reitor da Universidade Federal do ABC sinalizou positivamente para o MEC quanto ao interesse da Universidade pelo terreno. O MEC, também, vem demonstrando interesse por essa aquisição. Porém, a compra do terreno do INSS envolve questões burocráticas, que demandam tempo para sua concretização”, afirmou a UFABC.