O governador Sérgio Cabral disse que o governo do Estado não se intimidará com a violência promovida por bandidos e que secretaria de Segurança está agindo com inteligência, com a ajuda da Polícia Federal, que também está participando das ações contra o crime com o trabalho de informações.
- O governo federal está nos ajudando, a Polícia Federal tem dado extrema ajuda, nós não divulgamos, mas são informações bastante sigilosas. Não há mudança de roteiro, só assim vamos ganhar esta guerra - reiterou Cabral.
Ao comentar o assassinato dos dois policiais militares na esquina da Rua João Vicente com a estrada Henrique de Melo, em Oswaldo Cruz, onde os policiais foram atingidos por mais de 30 disparos de fuzil, Cabral disse que foi uma covardia, mas que não há intimidação no governo do Estado.
-O povo não agüenta mais tanta violência e eu disse ao secretário de Segurança que agisse com rigor e mantivesse a atuação. Neste primeiro momento, o que estamos encontrando é muito combate, mas é importante que a gente não perca a determinação - afirmou.
Sobre o relatório da Anistia Internacional, que afirma que o policiamento no Rio é caracterizado por invasões policiais em favelas que colocam em risco a vida da população, Cabral lamentou o enfrentamento da polícia com bandidos, mas destacou a necessidade de ações de combate armado.
- Compreendo o papel da Anistia Internacional de apontar problemas, mazelas, dificuldades em cada cidade do Brasil. É um papel e não a recrimino por isso, mas nós estamos fazendo o nosso papel também. O combate à criminalidade gera sem dúvida nenhuma enfrentamento, não tem outro caminho. Para nós ganharmos esta guerra, por mais que usemos inteligência, precisamos realizar operações duras. Nós não vamos perder esta guerra. Acho que eles estão no papel deles e eu estou no meu -completou.
Beltrame diz que morte de PMs foi premeditada
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que a ação dos criminosos responsáveis pela morte de dois PMs na noite desta terça-feira foi premeditada e que os policiais foram atingidos por três ângulos diferentes. A declaração foi feita por Beltrame após o enterro dos militares nesta quarta-feira.
De acordo com o secretário, é possível que aconteça uma reavaliação sobre o tipo de policiamento feito naquela área, onde o menino João Hélio foi levado por assaltantes no início de fevereiro.
O Comandante da Polícia Militar, coronel Ubiratan Ângelo, disse que ficou chocado com o crime e informou que os coletes usados pelos policiais e que foram perfurados eram adequados para aquele tipo de ação, que é para reprimir assaltos.