Bush se diz preocupado com programa nuclear iraniano

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Publicado Quinta, 08 de Maio de 2003 às 14:23, por: CdB

O presidente americano, George W. Bush, expressou sua preocupação nesta quinta-feira, com o programa nuclear do Irã e insistiu que seu Governo está disposto a evitar a proliferação de armas de destruição em massa. - Sempre manifestei minhas preocupações com o fato de que os iranianos podem estar desenvolvendo um programa nuclear -, afirmou Bush durante reunião realizada nesta quinta-feira na Casa Branca com o emir do Catar, o xeque Hamad Bin Khalifa al Zani. Nos últimos anos, os EUA pressionaram a Rússia para que abandonasse sua cooperação nos planos militares do Irã, que alega que a retomada do programa servirá unicamente para a produção de energia elétrica. Bush insistiu que é necessário trabalhar em conjunto para deter a proliferação de armas de destruição em massa e que a proliferação de tal armamento "é um grave problema mundial". O presidente dos EUA não quis, porém, apontar possíveis passos concretos em relação ao Irã e preferiu "esperar" para ver qual é a opinião da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que pretende estudar o programa nuclear iraniano no próximo mês. As declarações de Bush foram dadas depois de o jornal The New York Times ter publicado nesta quinta-feira que os EUA expressaram sua preocupação com o desenvolvimento de um suposto programa nuclear secreto iraniano, em violação ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), assinado por esse país. Uma fonte oficial dos Estados Unidos citada pelo jornal disse que a Casa Branca busca agora um amplo apoio internacional para determinar se o programa do Teerã transgrediu seu compromisso de não produzir armas nucleares. A fonte acrescentou que as autoridades de Washington exerceram pressões aos países da diretoria da AIEA - encarregada de supervisionar e verificar os planos de desenvolvimento nuclear pacífico - para que declarassem que o Irã violou o tratado. Caso fique comprovado o descumprimento por parte do Teerã, a ONU poderá aprovar ações punitivas contra o país.

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