Bush enfrenta mais obstáculos com a Coréia do Norte e o Iraque

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Publicado Terça, 07 de Janeiro de 2003 às 15:22, por: CdB

Na segunda-feira, a Casa Branca buscou minimizar o impasse com a Coréia do Norte, aplaudindo a decisão da Agência Internacional de Energia Atômica em condenar as atividades nucleares da Coréia do Norte, mas evitando levar a questão para as sanções do Conselho de Segurança da ONU. Na segunda-feira, o presidente Bush repetiu três vezes que não pretendia atacar a Coréia do Norte - um esforço que aparentemente buscou tanto dar garantias aos norte-coreanos quanto minimizar as diferenças diplomaticamente constrangedoras com a Coréia do Sul e o Japão sobre como resolver a crise. Apenas uma semana atrás, os assessores de Bush estavam afirmando que apoiariam a agência de energia atômica, ao levar imediatamente a questão ao Conselho de Segurança, que poderia considerar penalidades econômicas. Agora, esta aproximação aparentemente foi reconsiderada. Nos últimos dias, algumas autoridades advertiram que aquelas penalidades poderiam motivar uma resposta militar da Coréia do Norte - no momento que os EUA estão reunindo forças no Golfo Pérsico. Mas apesar da mudança, afirmaram os assessores, Bush não recuará em sua recusa de somente conversar com a Coréia do Norte se o país readmitir os inspetores e suspender seus programas nucleares. Na segunda-feira, uma autoridade sul-coreana criticou aquela aproximação, afirmando que: "O diálogo é essencial aqui. Como nós podemos saber o que o Norte afirmará se não tivermos um diálogo com os EUA?" A Coréia do Norte é apenas uma das questões que Bush enfrenta ao se aproximar do segundo aniversário de sua posse. A decisão de Israel de impedir a presença dos representantes palestinos em uma conferência de paz em Londres complicou o esforço de Bush em demonstrar que algum progresso está sendo feito pela paz no Oriente Médio, mesmo quando se prepara para atacar o Iraque. Ainda que Bush tenha planejado utilizar as próximas semanas para defender uma ação para remover Saddam Hussein do poder no Iraque, um chefe das equipes de inspeções reconheceu que nada de incriminador havia sido encontrado - e alguns aliados já questionam se há provas suficientes para construir uma coalizão para um ataque militar. Mas segundo afirmaram os assessores, Bush planeja sustentar que o fracasso dos inspetores em encontrar provas apenas prova a astúcia de Saddam como um adversário - que ele passou os últimos quatro anos escondendo provas sobre suas armas de destruição em massa.

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