Bush concorda em aprovar liberação de visitas à Cuba

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Publicado Terça, 16 de Julho de 2002 às 22:56, por: CdB

O Congresso americano estuda nesta semana propostas para aliviar as políticas dos EUA em relação a Cuba, mas espera-se que o presidente George W. Bush use seu direito de veto se os legisladores contra o embargo tiverem êxito. Das várias emendas a serem discutidas, a que tem maior chance de ser aprovada é a proposta para eliminar restrições para viagens à ilha. Uma medida similar foi aprovada no ano passado por 240 votos contra 186. "Nós precisamos permitir que os americanos propaguem nossa cultura e nossos valores entre os cubanos", disse o republicano Jeff Flake. "Eles são nossos melhores embaixadores." Sally Grooms Cowal, presidente da Fundação para a Política com Cuba, concordou em que facilitar as viagens poderá ajudar a plantar as sementes da democracia em Cuba. "Não se pode subestimar o impacto de um grande número de americanos visitando Cuba", admitiu Cowal. A legislação deveria ter sido discutida nesta terça-feira pela Câmara, mas os líderes da Casa decidiram nesta segunda-feira à noite adiar a discussão para esta quarta-feira. A administração Bush parece resignada à derrota em duas ou três emendas, mas os funcionários não acreditam que a atual política oficial possa ser mudada. Bush prometeu que iria vetar qualquer modificação na política em relação a Cuba. Wayne Smith, um ex-diplomata que é contra o embargo, previu que os votos mostrarão que o apoio nacional ao embargo é muito menor do que muitos acreditam. "A votação mostrará a direção para a qual as coisas se inclinam", disse Smith. Um alto funcionário disse que a administração acredita que a votação acontece no momento em que o presidente cubano, Fidel Castro, menos merece qualquer concessão por parte dos EUA. O funcionário, falando sob a condição de manter o anonimato, disse que Fidel cortou pela raiz qualquer iniciativa democrática, sendo menos do que cooperativo na guerra contra o terrorismo e comparando Bush a Adolf Hitler. Os legisladores também discutirão emendas para suspender as restrições ao envio de dólares a Cuba por parte de cubano-americanos e pôr fim à proibição de concessão de crédito a Cuba para a compra de alimentos. As vendas de alimentos à vista para Havana foram legalizadas em 2000.

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