Em depoimento nesta quinta-feira à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, disse que a situação ideal para o setor seria da duplicidade do sistema. Ou seja, o controle tanto por parte civil como militar.
Ele ponderou, no entanto, que a duplicidade do setor implicaria custos para o país.
- Creio que não há prejuízo nenhum em duplicar o sistema. Mas, se o fizermos, temos de estar preparados para dobrar os gastos. Se o país tem dinheiro para gastar, isso seria a perfeição, porque, em uma situação especial, um supriria o outro. Esta é uma decisão governamental -, disse.
O brigadeiro destacou que a transferência integral do controle aéreo para civis - hoje é feito somente por militares - seria um processo bastante demorado.
- Na minha opinião, não há como desmilitarizar apenas um setor. Por isso, creio que demoraríamos bastante, uma vez que, antes de separarmos, precisaríamos ter um outro sistema funcionando -, analisou.
Questionado se a desmilitarização contribuiria para a melhoria dos serviços, Kersul Filho foi evasivo.
- Como cidadão e usuário do transporte aéreo, para mim não faz diferença nenhuma se quem está controlando o vôo é militar ou civil. Eu quero é um bom serviço -, limitou-se a responder.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Brigadeiro diz que o ideal seria controle aéreo civil e militar
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Publicado Quinta, 17 de Maio de 2007 às 16:16, por: CdB
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