O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um acordo para a criação de uma fábrica de remédios contra a Aids em Moçambique. O Brasil deverá entrar com a tecnologia e o pessoal especializado para produção de sete medicamentos anti-retrovirais no país africano.
O custo da fábrica deverá ser de US$ 23 milhões (ou R$ 65,7 milhões). O dinheiro poderá vir de uma "troca de dívida" de Moçambique com o Brasil ou da iniciativa privada.
Dados oficiais indicam que Moçambique tem 13% da sua população (1,5 milhão de pessoas) infectada pelo vírus da Aids. Desse total, até 400 mil pessoas precisam de medicamentos, mas hoje apenas 1,5 mil recebem os remédios.
Primeira fase
A fábrica só deve sair em no mínimo um ano e meio, mas a primeira fase do acordo prevê que o Brasil doe medicamentos para cem pacientes por pelo menos um ano.
"A única forma de garantir a sustentabilidade do projeto é ter produção nacional", disse Alexandre Grangeiro, coordenador do programa DST-Aids, do Ministério da Saúde brasileiro, que está em Moçambique. "A intenção também é ampliar a produção dos medicamentos para outros países da África."