Brasil, Alemanha, Índia e Japão confirmam união por reforma no Conselho de Segurança da ONU

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Publicado Sexta, 23 de Setembro de 2011 às 13:33, por: CdB
Brasil, Alemanha, Índia e Japão confirmam união por reforma no Conselho de Segurança da ONU

Em documento divulgado durante Assembleia Geral das Nações Unidas, ministros falam em maior representação dos países em desenvolvimento, "a fim de melhor refletir as realidades geopolíticas de hoje"

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual

Publicado em 23/09/2011, 19:11

Última atualização às 19:11

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São Paulo – Brasil, Alemanha, Índia e Japão continuarão trabalhando em conjunto para "realizar urgentemente a necessária reforma do Conselho de Segurança" da Organização das Nações Unidas (ONU), diz nota conjunta divulgada nesta sexta-feira (23) pelos ministros de Relações Exteriores (Brasil e Índia) e Negócios Estrangeiros (Alemanha e Japão) dos quatro países. Eles se encontraram em Nova York durante a 66ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas e enfatizaram a necessidade de ampliação do Conselho de Segurança, antigo pleito brasileiro, com maior representação dos países em desenvolvimento. O Brasil almeja uma vaga permanente.

No comunicado, os ministros citam declarações anteriores (setembro de 2010 e 11 de fevereiro deste ano) e reiteram "sua visão comum de um Conselho de Segurança ampliado para o século XXI, expandido em ambas as categorias de membros permanentes e não permanentes, tomando em consideração as contribuições feitas por países à manutenção da paz e da segurança internacionais, assim como maior representação dos países em desenvolvimento em ambas as categorias, a fim de melhor refletir as realidades geopolíticas de hoje".

O Conselho de Segurança tem hoje 15 membros, sendo dez temporários. Os cinco permanentes, com direito a veto, são China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia.

Os quatro ministros afirmam que "ampla coalizão de Estados-membros, de todos os grupos regionais das Nações Unidas", deram apoio à iniciativa de promover consultas em relação a um projeto de resolução para expandir o Conselho "em ambas as categorias de membros e o aperfeiçoamento de seus métodos de trabalho". Para eles, "esse forte apoio deveria ser considerado como a base para maior discussão nas negociações intergovernamentais em andamento para criar o momento necessário a negociações reais entre os Estados-membros neste assunto de tal importância".

Por fim, eles disseram saudar decisão da Assembleia Geral de iniciar um processo de negociações entre os governos no plenário informal da sessão. "Reafirmaram seu pleno apoio às negociações e expressaram sua determinação de trabalhar em estreita cooperação com outros Estados-membros com espírito de flexibilidade e seguir avançando com todos os passos necessários para alcançar um resultado concreto na atual Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Nesse sentido, os países do G-4 esperam trabalhar estreitamente com Sua Excelência Sr. Nassir Abdulaziz Al-Nasser, presidente da 66a Sessão da Assembleia Geral."

Na quarta-feira (21), a presidenta Dilma Rousseff, ao abrir a Assembleia Geral, enfatizou a necessidade de reformas do Conselho de Segurança, cuja falta de representatividade "corrói sua eficácia". E criticou o fato de o debate a respeito já durar 18 anos, conforme informou o suíço Joseph Deiss, ex-presidente da Assembleia. "Não é possível, senhor presidente, protelar mais. O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento. O Brasil está pronto a assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho", afirmou Dilma.

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