Aviões norte-americanos realizaram no sábado um novo ataque à cidade de Falluja, dominada pelos rebeldes, com o objetivo de matar simpatizantes de Abu Musab al-Zarqawi, o militante jordaniano que lidera uma campanha de ataques suicidas e sequestros no Iraque.
O exército dos EUA disse que não havia civis na área, mas médicos do principal hospital da cidade disseram que pelo menos sete civis morreram e 13 ficaram feridos, incluindo mulheres e crianças.
Imagens da Reuters Television mostraram uma multidão de iraquianos abrindo caminho entre os escombros de um edifício e retirando sobreviventes, incluindo duas mulheres e duas crianças.
“Fontes de inteligência disseram que os terroristas de Zarqawi estavam usando o local para planejar novos ataques contra os cidadãos iraquianos e as forças multinacionais”, disseram as tropas norte-americanas em um comunicado. “As forças multinacionais adotaram várias medidas para minimizar danos colaterais e vítimas civis.”
O grupo de Zarqawi declarou esta semana que matou os reféns norte-americanos Eugene Armstrong e Jack Hensley, e divulgou um vídeo na Internet mostrando a execução dos dois.
O grupo Tawhid e Jihad disse que também matará o britânico Kenneth Bigley, de 62 anos, se as mulheres iraquianas não forem libertadas das prisões administradas pelos EUA. Bigley foi levado junto com os dois norte-americanos da casa deles em Bagdá.
Importantes muçulmanos britânicos devem chegar este fim de semana à capital iraquiana para suplicar pela vida de Bigley.
As forças dos EUA realizaram vários ataques aéreos contra Falluja, a 50 quilômetros de Bagdá. Depois de duros combates na cidade em abril, nos quais centenas de iraquianos morreram, os marines se retiraram e entregaram a responsabilidade pela segurança às forças iraquianas. As tropas nacionais perderam poder e a cidade passou a ser controlada por insurgentes.
Os militares norte-americanos reconhecem que não controlam Falluja nem Ramadi, uma cidade próxima, mas disseram que realizarão uma campanha para retomá-las antes das eleições de janeiro.