Audiência pública na Câmara debate violência e impunidade no campo

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Publicado Quarta, 22 de Junho de 2011 às 04:10, por: CdB
Audiência pública na Câmara debate violência e impunidade no campo

O combate à impunidade e ações voltadas à prevenção da violência rural serão os temas principais da audiência

Por: Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

Publicado em 22/06/2011, 09:44

Última atualização às 09:44

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São Paulo – A Câmara Federal será o palco de um debate sobre a “Violência e Impunidade no Campo”, na terça-feira (28), às 14:00 horas. O pedido para a audiência pública, a ser realizada pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Direitos Humanos da Casa, partiu dos deputados Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) e Luiz Couto (PT-PB).

A reunião ainda contará com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do secretário geral da República, Gilberto de Carvalho, e do presidente do Conselho Nacional de Justiça, Cezar Pelluso. O debate será voltado aos recorrentes conflitos agrários que acontecem, em sua grande maioria, nos estados do Pará e Roraima.

A audiência ainda trará à tona a impunidade dos massacres dos Corumbiaras (1995) e Eldorado dos Carajás (1996). Nos dois casos, trabalhadores sem-terra foram chacinados por forças policiais.

Os participantes da audiência buscarão saídas para combater a impunidade pelos crimes cometidos e ações voltadas à prevenção da violência rural. As comissões e movimentos que representam os trabalhadores do campo também serão ouvidos no debate.

“O Governo Federal busca sinergia e age com rapidez ao criar o grupo interministerial, mas são necessárias também outras estratégias no enfrentamento desse quadro de violação contínua dos direitos humanos, como agilizar a regularização de terras, ampliar a fiscalização ambiental e fundiária e desconstruir a certeza da impunidade”, explicou a deputada Manuela D'ávila.

Somente em 2011, ocorreram seis crimes contra trabalhadores do campo. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), do começo de 2010 até junho do ano seguinte, quarenta e três operários que sofriam ameaças foram assassinados.

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