O ator americano George Clooney, 41, intensificou ontem suas críticas à administração do presidente George W. Bush, dizendo temer que uma guerra contra o Iraque seja inevitável mas que, em última análise, ela só irá levar a mais violência.
“A política americana me deixa frustrado.Acho a guerra contra o Iraque tão inevitável quanto insensata. Acho que ela está se aproximando, mas que o verdadeiro perigo será o que virá depois dela.”, disse Clooney num programa de televisão alemão.
O ator, que em entrevistas concedidas a jornais europeus vem acusando Bush de fomentar a guerra contra o Iraque, faz parte de uma lista crescente de celebridades de Hollywood que vêm se manifestando contra o ataque. Outros que vêm fazendo o mesmo são Sean Penn, Ed Harris, Dustin Hoffman, Madonna e o diretor Spike Lee.
“Não dá mais para derrotar um inimigo pela guerra. Em lugar disso, o que acontece é que você cria uma geração inteira de pessoas que querem vingança.Hoje em dia, a única coisa que importa é quem está no comando. No momento, somos nós, por enquanto, pelo menos. Nossos adversários vão recorrer a carros-bomba e ataques suicidas, porque eles não têm outra maneira de vencer”, disse Clooney no programa “Beckmann”, da emissora ARD.
Clooney afirmou ainda que o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, se engana se pensa que a possível guerra contra o Iraque será vencida com facilidade pelos EUA.
“Acho que ele pensa que essa é uma guerra que pode ser ganha, mas isso não existe mais”, disse Clooney, que estrelou o filme “Os Três Reis”, sobre a Guerra do Golfo (1991).
Ele disse achar injusto que os americanos que são contra a guerra estejam sendo tachados de pouco patrióticos.
Clooney, que chegou à fama com sua participação no seriado ER (“PlantãoMédico”), já foi visto também em “Batman & Robin”, “Mar em Fúria” e “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?”, além de muitos outros filmes.