Ataque aéreo de coalizão liderada por Arábia Saudita deixa mortos no Iêmen

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Publicado Terça, 16 de Agosto de 2016 às 12:22, por: CdB

O ataque atingiu a casa de um líder local do grupo armado houthi do Iêmen, mas ele não estava em casa. Seu pai e oito membros da família foram mortos, segundo moradores

Por Redação, com Reuters - de Cabul:  

Um ataque aéreo da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen matou nove civis a leste da capital Sanaa nesta terça-feira, disseram moradores, um dia após o grupo Médicos Sem Fronteiras informar que um ataque aéreo atingiu um de seus hospitais e matou 11 pessoas.

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Um ataque aéreo da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen matou nove civis a leste da capital Sanaa

O ataque atingiu a casa de um líder local do grupo armado houthi do Iêmen, mas ele não estava em casa. Seu pai e oito membros da família foram mortos, segundo moradores.

Rivais da Arábia Saudita durante mais de um ano de guerra, os houthi são a força política dominante no Iêmen e estão lutando no distrito de Nehm, onde ocorreu o ataque, contra forças apoiadas pela Arábia Saudita leais ao governo exilado do país.

Estado Islâmico

O ataque com drone que matou o comandante do Estado Islâmico no Afeganistão e Paquistão foi o mais recente golpe às ambições do movimento de expandir suas atividades para uma região onde o Talebã continua a ser a força islâmica dominante.

O Estado Islâmico tem atraído centenas, talvez milhares, de combatentes jihadistas no Afeganistão e Paquistão e ocupou uma pequena faixa de território na província afegã oriental de Nangarhar, onde o líder Hafiz Saeed Khan foi morto em 26 de julho por um drone dos EUA, o que foi confirmado por Washington na sexta-feira.

Mas, fora desse território, autoridades de segurança e analistas dizem que o Estado Islâmico permanece, por enquanto, mais uma "marca" do que uma força militante coesa.

– Grupos de todo o mundo querem pular para o lado deles e lucrar com sua popularidade e o medo que comandam – disse um oficial da polícia paquistanesa com sede em Islamabad, sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com a mídia.

A auto-declarada "província de Khorasan" do EI no Afeganistão e no Paquistão reivindicou a autoria de dois atentados especialmente mortais, um na capital afegã, Cabul, e o outro na cidade paquistanesa de Quetta.

No entanto, autoridades paquistanesas e analistas independentes têm levantado dúvidas sobre as reivindicações, especialmente em relação ao bombardeio em Quetta, dizendo que a alegação mais crível para o ataque suicida em um hospital era de um desdobramento do Taliban paquistanês, o Jamaat-ur-Ahrar.

– O EI está cada vez mais na defensiva enquanto se esforça para defender o seu califado que vem diminuindo no Iraque e na Síria, por isso tem um forte incentivo para mostrar que ainda é relevante levando crédito por algo que não fez – disse Michael Kugelman, analista do Woodrow Wilson Center.

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