Assembleia da OEA decide hoje reintegração de Honduras

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Publicado Quarta, 01 de Junho de 2011 às 04:10, por: CdB

A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) decide nesta quarta-feira (1º) sobre o pedido do governo de Honduras de acabar com a suspensão do país na entidade.
A punição ocorreu em 4 de julho de 2009, depois que o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, foi deposto. Para a OEA, houve um golpe de Estado, gerando a transgressão dos princípios democráticos.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, afirmou que a possibilidade é a de a OEA reintegrar Honduras. Para ele, o governo do presidente Porfirio Pepe Lobo tem buscado atender às exigências da comunidade internacional, indicando sua determinação em consolidar a democracia no país.

Nos últimos meses, Pepe Lobo reitera que cumprirá os preceitos da Constituição. O presidente hondurenho também sinalizou que vai respeitar os opositores, mantendo diálogos com os aliados de Zelaya. Porém, os adversários do ex-presidente discordam do acordo firmado entre ele e Pepe Lobo. Para esses líderes políticos, Zelaya tem planos de retornar à política hondurenha.

Retorno esperado por milhares

Centenas de milhares de hondurenhos vindos de todo o país se concentraram na Praça Isis Obed Murillo, ao sul do aeroporto internacional de Toncontín em Tegucigalpa, no último fim de semana. Eles esperavam para dar as boas-vindas ao ex-presidente Manuel Zelaya, que regressou ao país após passar 16 meses de exílio.

Homens, mulheres, jovens, crianças e idosos lotaram o local. Alguns erguiam as bandeiras vermelhas com as letras da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular) – movimento originado da oposição ao golpe de Estado – minuciosamente preparadas nos últimos dias graças ao incansável trabalho voluntário de centenas de jovens.

A expectativa de ver realizada uma das principais demandas da Resistência hondurenha, a volta o presidente deposto e coordenador nacional da FNRP, Manuel Zelaya, os fez aguardar por mais de oito horas sob o forte sol característico do início do inverno hondurenho.

“As pessoas estavam desesperadas para ver seu coordenador nacional. Agora o sonho se torna realidade e vamos rumo à Constituinte para refundar Honduras”, disse Dionisia Díaz, a “avó da Resistência”, que por quase dois anos percorreu as ruas do país em protestos contra o golpe de Estado de junho de 2009.

Apesar de a chegada de Zelaya ter atrasado quase três horas, as pessoas estavam firmes em seu lugar, cantando e aplaudindo os artistas que entretinham a multidão.

Fonte: Da redação, com agências.

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