Assassinos de índio Galdino explicarão regalias

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Publicado Quinta, 16 de Outubro de 2003 às 09:03, por: CdB

Os quatro jovens de classe média alta de Brasília condenados a 14 anos de prisão pelo assassinato do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, em 1997, terão de se explicar à Justiça por extrapolarem autorização judicial para sair da penitenciária da Papuda para estudar e trabalhar.

Três dos quatro jovens foram flagrados pelo jornal Correio Braziliense namorando, freqüentando lanchonetes, bebendo cerveja em bares e dirigindo automóveis.

O juiz Aimar Neres de Matos, da Vara de Execuções Criminais de Brasília, marcou para o próximo dia 22 o interrogatório de Eron Chaves de Oliveira, Antônio Novely Cardoso Vilanova, Max Rogério Alves e Tomás Oliveira de Almeida. Nesta terça-feira (14), o juiz determinou a suspensão da autorização.

Galdino foi assassinado em abril de 1997. Morreu horas após ter tido 95% do corpo queimado.

Os quatro jovens condenados e um menor de idade na época foram apontados como responsáveis pelas lesões. Eles atearam fogo ao pataxó quando ele dormia em um ponto de ônibus em Brasília. Em seguida, fugiram sem prestar socorro. Eles foram localizados porque uma testemunha anotou a placa do automóvel usado pelo grupo.

Em 2001, os maiores de idade foram condenados pelo Tribunal de Júri de Brasília por homicídio triplamente qualificado. Menos de um ano depois, conseguiram o benefício de sair do presídio durante o dia para trabalhar e estudar.

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