Assaltos e facadas deixam oito vítimas no Rio, em uma semana

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Publicado Sábado, 23 de Maio de 2015 às 13:32, por: CdB
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O militar foi atingido com facadas no peito, durante um assalto
O Rio de Janeiro registrou, na madrugada deste sábado, a oitava vítima de assalto esfaqueada na rua, em uma semana. O crime ocorreu em São Cristóvão, Zona Norte da cidade. Militar da Marinha, Alexandre de Lima Ribeiro, de 23 anos, foi ferido na Rua da Igrejinha, que dá acesso à Avenida Brasil, com facadas no peito desferidas pelo assaltante, que fugiu em seguida, sem levar nada. Alexandre foi levado ao Hospital Souza Aguiar, no Centro, e permanece em observação. Fuzileiro naval, Alexandre Ribeiro foi abordado, por volta das 23h30 desta sexta-feira, por três homens na Rua da Igrejinha, em São Cristóvão, depois de sair do Centro de Tradições Nordestinas e levou quatro facadas no peito ao reagir à tentativa de assalto. Alexandre foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Segundo as primeiras informações da equipe médica que o atendeu, os ferimentos não teriam sido profundos e Alexandre está internado em observação. – Ele está bem – comentou com jornalistas um amigo do militar que não quis dar mais nenhum detalhe do crime, nem se identificou. Por volta das 10h desde sábado, Alexandre foi transferido para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos. . Também nesta sexta-feira, Miguel Meirelles dos Santos, de 36 anos, levou uma facada na mão quando tentava defender Michaela Silva Freitas, de 21, que sofria uma tentativa de assalto em um ponto de ônibus próximo ao supermercado Freeway, na Barra da Tijuca. Dois adolescentes foram apreendidos, acusados de tentar roubar a jovem. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão). Várias testemunhas do crime já prestaram depoimento. A vítima ainda deve fazer o reconhecimento do criminoso. Mais vítimas Na noite de sexta-feira, um homem também foi esfaqueado na Avenida das Américas, na Zona Oeste, ao tentar defender uma mulher que estava sendo assaltada por dois menores. O homem de 36 anos teve ferimentos em uma das mãos, e a mulher sofreu escoriações ao cair no chão. Os dois assaltantes foram detidos pela Polícia na altura do shopping Downtown. Pela manhã, a turista chilena Isadora Ribas Carmona, 38 anos, foi esfaqueada no pescoço na Praça Paris, na Glória, Zona Sul. Ela teve o tablet roubado. Izadora foi atendida por bombeiros do quartel do Catete e encaminhada para o Hospital Souza Aguiar. Seu quadro é aparentemente estável. No domingo passado, a vietnamita Tran Vu Ha, de 39 anos, também foi esfaqueada no Centro. Na terça-feira, o médico Jaime Gold, 56 anos, foi morto quando pedalava na Lagoa. Na quarta-feira, Lorena Tristão, de 31 anos, foi atacada em São Conrado. Na noite de quinta-feira (21), Rodrigo Feliciano Raimundo, de 27 anos, foi preso em flagrante após ter usado uma faca para intimidar e assaltar um entregador de comida, nas imediações da Praça Tiradentes, também no Centro. Ele foi identificado como um dos participantes do tiroteio entre policiais militares e traficantes, em novembro de 2011, na Favela de Antares, em Santa Cruz. A troca de tiros resultou na morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos. Manifestação Ainda neste sábado, Ciclistas fizeram um protesto pela morte de um médico a facadas, enquanto pedalavam pela Zona Sul do rio, e parentes dos jovens mortos a tiros em operação policial no morro do Dendê, na zona Norte, fizeram um breve ato conjunto, por volta das 12h30, em repúdio ao crimes, ocorridos na terça-feira. Os dois grupos encontraram-se em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. Os ciclistas vieram da Lagoa Rodrigo de Freitas, depois de terem organizado uma celebração em memória ao médico Jaime Gold, morto enquanto andava na região, na última terça-feira. Em frente ao palácio, em Laranjeiras, cerca de 10 parentes de Gilson da Silva dos Santos e de Wanderson Jesus Martins, que tinham 13 e 24 anos, respectivamente, choravam a morte do parente. Eles foram mortos em uma operação da Polícia Civil para apreender máquinas caça-níquel na comunidade. A presença do outro grupo surpreendeu os ciclistas. Mas Emerson Silva, um dos irmãos de Wanderson, disse que seus parentes e vizinhos escolheram aquela hora para aproveitar a manifestação do pessoal que estava de bicicleta. Enquanto os ciclistas deitavam-se na pista de carros e espalhavam tinta guache vermelha sobre o asfalto, os parentes dos jovens, de pé, exibiam cartazes com as fotos das vítimas e cantavam o Rap da felicidade. Alguns ciclistas acompanharam o canto. O trânsito ficou interrompido durante o ato, que levou menos de cinco minutos.
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