Argentina nega risco de conflito armado com Inglaterra

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Publicado Sexta, 19 de Fevereiro de 2010 às 08:27, por: CdB

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Victorio Taccet, afastou nesta sexta-feira risco de um conflito armado na região das ilhas Malvinas, que estão sob domínio inglês. A reação do ministro se deve ao fato de a presidente argentina, Cristina Kirchner, decretar que as embarcações que transitarem em águas do país devem ser submetidas à autorização. A decisão atinge diretamente às empresas da Inglaterra.

– O conflito bélico está excluído do nosso horizonte e os moradores [das Malvinas] não devem ficar preocupados com isso. Mas, digo claramente que a Argentina não vai abandonar essa demanda que é legítima – afirmou o vice-ministro.

Recentemente as tensões entre ingleses e argentinos por causa da disputa pelo controle das Malvinas levaram a um conflito armado na região. Em 1982, homens da Argentina e Inglaterra se enfrentaram, depois que argentinos invadiram as ilhas. O episódio ficou conhecido como Guerra das Malvinas.

No último dia 16, Kirchner assinou o decreto que limita a ação do governo da Inglaterra no momento em que empresas de petróleo inglesas anunciaram o início das atividades de exploração de hidrocarbonetos na área das ilhas Malvinas. A região é alvo de disputa entre os dois países desde o século XIX.

No governo do ex-presidente Néstor Kirchner, que antecedeu o da sua mulher Cristina Kirchner, houve campanha para retomar o controle da região. Em 1982, houve um confronto armado entre homens da Argentina e a Inglaterra na área.

Na próxima quarta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, marcou reunião com o chanceler argentino, Jorge Taiana, para discutir o assunto.

– Os argentinos devem se acostumar a pensar a longo prazo e esta é uma política a longo prazo, não podemos esperar para ter resultados amanhã ou no prazo de dois dias – disse o vice-ministro.

Na quinta-feira, representantes do governo que integram a comissão encarregada de acompanhar a execução do decreto foram ao Congresso Nacional prestar esclarecimentos sobre a iniciativa.

– Foi um diálogo muito construtivo – afirmou o vice-ministro.

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