Argentina firma novo acordo com o FMI

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Publicado Quarta, 07 de Maio de 2003 às 05:32, por: CdB

O governo da Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo sobre novas metas de inflação anual e de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que revogam os parâmetros anunciados há cinco meses. O ministro da Economia, Roberto Lavagna, disse em entrevista que a nova meta de inflação "estará entre 10 por cento e 20 por cento", em lugar dos 35 por cento fixados anteriormente. Isso, segundo Lavagna, deve-se a uma "baixa nos preços por atacado, à redução da cotação do dólar e a uma queda no preço do petróleo". Em relação ao crescimento do PIB, o novo acordo eleva a taxa para quatro por cento - o documento original previa um crescimento de entre dois por cento e três por cento. As decisões foram tomadas depois de uma nova revisão do acordo firmado em janeiro. Na última semana, as autoridades argentinas receberam a visita de uma missão do FMI, chefiada por John Dadsworth, recém-nomeado "alto representante residente na Argentina". O governo do presidente Eduardo Duhalde também chegou a um acordo com o FMI para adiar o pagamento de 6,78 bilhões de dólares, que venceria em agosto próximo. O acordo estabeleceu um refinanciamento, por um ano, de 3,8 bilhões de dólares, e outro, por três anos, de 2,98 bilhões. Mas foi incluída uma cláusula que anula o acordo caso o governo argentino não cumpra seus compromissos anuais, que voltarão a ser revisados pelo FMI em julho. Em relação ao setor fiscal, Lavagna informou que será mantido um superávit primário estipulado em 2,5 por cento do PIB. Um dos pontos que a Argentina negocia com o FMI é uma autorização para aumentar a massa monetária em cerca de três bilhões de pesos em relação aos 36,4 bilhões fixados pelo organismo financeiro. O objetivo seria o de frear a queda da cotação do dólar devido a uma maior demanda de pesos atribuída à melhora na situação econômica. Comentando essa informação, Lavagna limitou-se a declarar que o tema ainda está em negociação.

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