O presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, disse nesta terça-feira, em entrevista exclusiva à CNN, que uma onda de bombardeios aéreos realizada por Israel – que se seguiu a um fim de semana em que 28 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas, em quatro atentados a bomba ocorridos em Jerusalém e Haifa – significa que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, não quer a retomada do processo de paz.
“Ele (Sharon) não quer que um processo de paz seja iniciado”, disse Arafat na entrevista à correspondente Rula Amin, em Ramallah, pouco depois de um bombardeio israelense, que destruiu uma repartição pública adjacente à sede da Autoridade Palestina na cidade.
Essa foi o primeiro comentário público de Arafat desde que o governo israelense declarou, após uma reunião de emergência que terminou na madrugada desta terça-feira, que considera a Autoridade Palestina uma “entidade que apóia o terror”.
Sharon tem acusado diretamente Arafat pela série de atentados suicidas do fim de semana passado.
Autoridades palestinas rejeitaram a declaração israelense de que Arafat é o responsável pelos ataques e chamaram de “terrorismo” a ocupação por Israel da Cisjordânia e da Faixa da Gaza.