Anistia acusa forças anglo-americanas de não protegerem civis

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Publicado Quarta, 16 de Abril de 2003 às 05:20, por: CdB

A organização de direitos humanos Anistia Internacional acusou as forças americanas e britânicas no Iraque de estarem mais preocupadas em proteger os campos de petróleo do país do que o povo iraquiano. A secretária geral da Anistia, Irene Khan, disse que mais esforço era necessário para defender hospitais, fornecimento de água e as pessoas no país. "Muito planejamento e recursos parecem estar sendo dirigidos para proteger os campos de petróleo iraquianos", disse ela. "No entanto, existem poucas evidências de níveis semelhantes de planejamento e alocação de recursos para assegurar instituições essenciais para a sobrevivência e o bem-estar da população", acrescentou. Violência Irene Kahn descreveu como "chocantemente inadequada" a resposta dos Estados Unidos e Grã-Bretanha ao rompimento da ordem e da lei no Iraque. "A primeira mostra do tratamento da coalizão em relação a lei e ordem não terá inspirado confiança no povo iraquiano", disse ela. "Proteger as pessoas deveria ser uma responsabilidade primária de qualquer poder que espera entrar em um país e justifica essa intervenção na base de liberar as pessoas ou proteger os seus direitos", acrescentou. Washington e Londres rejeitam sugestões de que a invasão do Iraque tenha sido motivada por suas grandes reservas de petróleo e dizem que lucros subseqüentes de petróleo irão para o povo iraquiano. Curdos Irene Khan disse também que as forças de coalizão devem investigar oficiais de polícia para asseguarar que nenhum acusado de violação dos direitos humanos volte para o cargo. "Não estamos pedindo o fim da ocupação, da mesma forma que não pedimos aos Estados Unidos e à Grã-Bretanha para irem ao Iraque, mas agora eles estão no Iraque e devem cumprir suas obrigações", disse ela. A Anistia Internacional também está fazendo objeções à participação de líderes do Partido Democrático do Curdistão e da União Patriótica do Curdistão em um novo governo devido a alegadas violações de direitos humanos durante a guerra civil em meados dos anos 1990. A organização diz que esses grupos - que dividiram o controle no norte do Iraque desde a Guerra do Golfo em 1991 - foram responsáveis por muitas mortes de civis e tortura generalizada.

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