Analista do Bear Stearns elogia Petrobrás

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Publicado Terça, 09 de Abril de 2002 às 12:48, por: CdB

Apesar das críticas ao último reajuste de 10,8% no preço da gasolina, o analista de petróleo para América Latina do banco Bear Stearns, Marc McCarthy, considera positiva a política da Petrobras de repasse do aumento nos custos do petróleo no mercado internacional para os preços dos combustíveis no mercado doméstico. "A tendência mundial é de desregulamentação no mercado de combustíveis, a exemplo do que já se observa nos Estados Unidos, e em muitos países da Europa. A política de preços da Petrobras faz sentido totalmente e o que a empresa está fazendo é acompanhar, com certo atraso, o que já se pratica em termos de preços nas companhias do setor dos Estados Unidos e da Europa", afirmou. Segundo o analista, mais do que refletir de imediato as mudanças nas cotações dos preços do petróleo no mercado internacional, os preços da gasolina e outros combustíveis ao consumidor final norte-americano refletem a oscilação no custo dos estoques de refinadores, distribuidores e varejistas dos produtos. "O preço do petróleo pode disparar hoje ou cair fortemente, mas o preço na bomba vai depender do custo do estoque de gasolina adquirido pelo dono do posto, ou seja, o estoque do combustível pode refletir o preço do petróleo de uma, duas ou mais semanas anteriores, quando adquiriu o produto", explicou. Para ele, isso é o que vai passar a ocorrer também no Brasil, com a nova política de preços da Petrobras. "No final das contas, tudo vai depender do preço do petróleo no mercado internacional, porém sempre haverá um certo atraso no repasse dos custos, o que é normal", afirmou McCarthy. Ele disse ainda que se o governo voltar a regular o mercado, por conta das críticas e da controvérsia geradas pelo gatilho da Petrobras, a reação dos analistas será bastante negativa. O analista do Bear Stearns lembrou que, na Argentina, o mercado de combustíveis é desregulamentado, mas não há competição.

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