Ambiente de violência antecede comemoração muçulmana na Síria

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Publicado Quinta, 25 de Outubro de 2012 às 08:27, por: CdB

Um ambiente de violência e terrorismo na Síria antecede a comemoração do Eid al-Adha ou Festa do Sacrifício entre os muçulmanos, que se estenderá entre os dias 26 e 29 de outubro.

Muitos sírios manifestam hoje seu desejo de que a violência termine logo, inclusive a maioria está contra os atos terroristas e ações violentas, e dizem que, se essa é a liberdade que lhes oferecem os ocidentais e seus aliados internos, não a querem.

No centro de Damasco, nestes dias, uma idosa levantava suas mãos ao céu pedindo para que isto termine logo e que regressem aos tempos de paz.

Segundo a tradição, a comemoração do Sacrifício, também conhecida em muitos lugares de língua espanhola como Festa do Cordeiro ou Aid-al Kebir (Festa Grande), é considerada a maior festividade dos muçulmanos, que rememora uma passagem tanto da Bíblia como do Corão. Esses textos descrevem a disposição de Abraão (Ibraim) de sacrificar a seu filho Ismael (Isma'il) como um ato de obediência a Deus, antes que a divindade interviesse ao proporcionar um cordeiro para que Abraão sacrificasse o animal no lugar de seu filho.

A festa, que tem lugar no décimo dia do mês de Zil-Hajj (ultimo mês do calendário islâmico), 70 dias após o Eid al-Fitr (fim do mês de jejum ou Ramadã), é incorporada no Hajj, a grande peregrinação à Meca, que deve ser feita pelo menos uma vez na vida e preferivelmente durante este mês, assinalam alguns estudiosos.

O Eid al-Adha se traduz para os crentes na oferenda de um sacrifício animal (normalmente uma vaca ou um cordeiro) como uma ação de gratidão para Deus por salvar a vida de Ismael, filho do profeta Abraão.

Ainda que esteja centrada em Meca, na Arábia Saudita, a maioria a celebram em seus lugares de residência, indo às mesquitas para a oração e depois, aqueles que puderem, sacrificam e comemoram com uma refeição à qual se convidam mutuamente.

Os muçulmanos recordam dessa maneira que o Islã significa submissão, já que ninguém mostrou melhor sua submissão a Deus que Abraão (Ibraim em árabe), que esteve disposto a sacrificar seu filho primogênito como prova de sua lealdade.

No final, Deus foi clemente e parou seu braço no ar justo quando ia partir o pescoço de seu filho. Agradecido, Abraão sacrificou um carneiro em seu lugar e é em imitação desse ato que os muçulmanos matam os animais em sua Festa Maior.

Depois dos ritos religiosos nas mesquitas, os assistentes se beijam em sinal de irmandade e se felicitam pela festa.

Muitos se perguntam se na Síria o ambiente de guerra permitiria uma trégua para que reine a humanidade e a população possa comemorar com tranquilidade esta ratificação de sua fé, na qual a irmandade entre os homens, sem violência, abriria o caminho para restabelecer a paz sequestrada por alguns.

Fonte: Prensa Latina

 

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