Aliados vão pedir mudança na medida provisória do IR

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Publicado Quinta, 17 de Janeiro de 2002 às 21:30, por: CdB

Os presidentes dos partidos da base governista - PMDB, PFL, PSDB e PPB - vão fazer um apelo ao presidente Fernando Henrique Cardoso para que seja editada uma nova medida provisória para reajustar a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), sem a parte que aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas prestadoras de serviço. A informação é do vice-presidente do PPB, deputado Pedro Corrêa (PE), e do presidente do PSDB, José Aníbal (SP). Os líderes se reúnem com o presidente na próxima terça-feira, porque, segundo eles, a repercussão do aumento da CSLL foi ruim perante a opinião pública. Aníbal admitiu que os líderes manifestaram descontentamento com a elevação da CSLL para as empresas prestadoras de serviço, mas não revelou qual é a sua opinião sobre a iniciativa dos líderes. O autor do projeto que corrigiu a tabela do Imposto de Renda da pessoa física, senador Paulo Hartung (PSB-ES), acredita que, além da CSLL, a nova MP deve deixar claro que a alíquota mais alta do IRPF cai dos atuais 27,5% para 25% a partir de janeiro de 2003. O secretário da Receita , Everardo Maciel, insiste que, sem o aumento da CSLL, o reajuste da tabela do IR ficará impraticável, já que não haverá compensação para cobrir a perda de receita. O ministro do Planejamento, Martus Tavares, defendeu o aumento da alíquota da CSLL, mas ponderou que o Congresso pode oferecer outra proposta. "Tem que ocorrer compensação", justificou o ministro do Planejamento. Um estudo elaborado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) mostra que os assalariados continuam sofrendo confisco de R$ 3 bilhões ao ano com a correção da tabela. Eles calculam que, de 1996 a 2001, quando a tabela ficou congelada, a inflação foi de 45,45%. O reajuste concedido agora foi de apenas 17,5%. Desde 96, o confisco acumulado é de R$ 16 bilhões.

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