Alemanha e UE negam criação de imposto de solidariedade

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Publicado Sábado, 10 de Outubro de 2015 às 07:51, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas/Genebra: A Alemanha e autoridades da União Europeia negaram neste sábado uma reportagem que afirmava que Berlim e Bruxelas estavam em conversas informações sobre um tipo de imposto solidário europeu para ajudar a cobrir os custos decorrentes do fluxo recorde de requerentes de asilo. – Nós não queremos aumentos de impostos na Alemanha ou introduzir um imposto na União Europeia – disse o porta-voz do governo Steffen Seibert em comunicado.
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O jornal disse que os fundos adicionais do imposto solidário seria usados para ajudas membros da União Europeia
Um porta-voz da Comissão Europeia também desmentiu a reportagem. "Não há tal proposta atualmente na mesa ou em preparação", disse ele, adicionando que a Comissão nunca comenta rumores da imprensa. Mais cedo neste sábado, o Sueddeutsche Zeitung noticiou que o governo alemão e a Comissão Europeia ponderavam um imposto que poderia ser levantado por meio de um imposto adicional sobre petróleo ou com um aumento do Imposto sobre o Valor Adicionado(VAT, na sigla em inglês). O jornal disse que os fundos adicionais do imposto solidário seria usados para ajudas membros da União Europeia, como Espanha, Itália, Grécia ou Bulgária, assegura suas fronteiras, bem como ajudar a melhorar as condições de moradia nos países de origem daqueles que estão pedindo asilo, para encorajar seus cidadãos a permanecer neles. Refugiados na Grécia O número de refugiados que chegam às ilhas gregas saltou de cerca de 4,5 mil para 7 mil por dia no final de setembro, provavelmente por causa dos temores de que o clima irá piorar em breve, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na sexta-feira. O aumento acentuado em questão de dias se deu enquanto os países da Europa lutam para acertar uma estratégia comum para controlar o fluxo de pessoas e proteger as milhares que se arriscam em viagens marítimas. Também nesta sexta-feira, António Guterres, chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), exortou a União Europeia a criar um sistema aceitável logo, e alertou que o clima imprevisível pode levar a mais mortes. – Esta é uma situação caótica que é terrível para os países, cria tensão entre os países e ao mesmo tempo é horrível para as pessoas – afirmou Guterres em uma coletiva de imprensa às vésperas de uma visita à Grécia que inclui encontros com o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, na próxima segunda-feira. – De repente, com o tipo de clima que você tem nos Bálcãs, isso pode se tornar uma tragédia a qualquer momento. E não há resposta fácil para isso, a menos que você tenha um mecanismo para controlar as coisas do ponto de partida – disse. Quase 3 mil pessoas já morreram, segundo estimativas do Acnur. As autoridades de uma das ilhas gregas disseram estar ficando sem espaço para enterrá-las. Muitos dos recém-chegados são sírios, afegãos e iraquianos fugindo das guerras e da perseguição. A OIM declarou que acredita que a taxa elevada de 7 mil chegadas diárias irá durar enquanto o clima permitir. – O padrão, ao longo dos dois últimos anos, tem sido que quanto piores ficam as águas e quanto mais frio fica o clima, menos dispostas as pessoas ficam para fazer a viagem – disse Joel Millman, porta-voz do OIM, aos jornalistas.  
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