Alemanha desconhece paradeiro de 13% dos imigrantes acolhidos em 2015

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Publicado Sexta, 26 de Fevereiro de 2016 às 09:34, por: CdB

 

Entre as possíveis razões para este número, o ministério citou a possibilidade de que os refugiados ausentes tenham continuado viagem para outro país da União Europeia

  Por Redação, com agências internacionais - de Berlim/Berlim:   O governo alemão reconheceu desconhecer o paradeiro de 143 mil refugiados ou 13% dos imigrantes que chegaram em 2015 ao país, de acordo com uma resposta do Executivo ao parlamento, hoje publicada no jornal Suddeutsche Zeitung. O Ministério do Interior alemão respondeu a uma pergunta colocada pelo partido A Esquerda (Die Linke) e explicou ser esse o número de requerentes de asilo que nunca chegou ao centro de acolhimento.
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O governo alemão reconheceu desconhecer o paradeiro de 143 mil refugiados ou 13% dos imigrantes
Entre as possíveis razões para este número, o ministério citou a possibilidade de que os refugiados ausentes tenham continuado viagem para outro país da União Europeia ou que "tenham passado à ilegalidade". Na mesma resposta ao parlamento, o governo indicou que a Alemanha devolveu a outros estados-membros 3,6 mil refugiados e recebeu cerca de três mil no âmbito do mesmo processo. Estes números voltam a destacar as dificuldades, a nível logístico e administrativo, da Alemanha para receber todos os refugiados que chegam ao seu território. No ano passado, Berlim registrou a chegada de 1,1 milhão de pessoas. No início do mês, o gabinete federal para a migração e refugiados indicou ter pendentes 770 mil pedidos de asilo.

Crise de refugiados

O comissário europeu para as migrações, Dimitris Avramopoulos, disse na quinta-feira em Bruxelas que espera "resultados tangíveis" nos próximos 10 dias para evitar que as soluções para a crise dos refugiados chegue ao colapso. – Nos próximos 10 dias, precisamos de resultados tangíveis e claros no terreno. Caso contrário, há o risco de que todo o sistema colapse totalmente – afirmou em entrevista de imprensa, após reunião dos 28 ministros europeus da Justiça e do Interior. Avramopoulos disse ainda que é de responsabilidade de todos os Estados-membros intensificar os esforços para implementar as soluções acordadas. – Não há tempo para ações descoordenadas – argumentou o comissário, sobre a possibilidade de uma crise humanitária muito perto da Rota dos Balcãs, onde a "situação é crítica". – Não podemos continuar a agir através de ações unilaterais, bilaterais e trilaterais. Os primeiros efeitos negativos e impactos já são visíveis – disse. Na reunião de quinta-feira foi discutido o reforço no controle de todos os cidadãos nas fronteiras da União Europeia e reafirmada a necessidade de ampliar a guarda costeira europeia até ao final do semestre.
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