Aldo tenta negociar uma trégua com a oposição

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Publicado Segunda, 23 de Outubro de 2006 às 09:29, por: CdB

Presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP) foi duro com a oposição, em entrevista nesta segunda-feira. Ele acusou os adversário do governo de insistir nas discussões sobre o Dossiê Serra por não ter propostas concretas para apresentar ao país.

- Se a oposição não pode discutir economia, a questão social, a política externa, a política econômica, financeira, as pessoas vão exigir o quê? Que ela não discuta nada? Que seja uma não oposição? Então, a oposição tem que ter algum tema, nem que seja uma bóia de urtiga para se agarrar e ir atrás. O tema que restou para ela é esse - classificou o deputado comunista.

Para o presidente da Câmara, é natural a oposição levar o debate eleitoral ao extremo, mas afirmou que não acredita que o PSDB e o PFL pretendam se negar ao diálogo em prol da governabilidade do país, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja reeleito. Aldo referia-se à campanha sistemática, por meio de vários jornais, revistas e programas de TV, que divulga a possibilidade de um possível impedimento do presidente Lula, no início de um possível segundo mandato. Aldo, atualmente, é um dos emissários do presidente Lula na tentativa de um diálogo com a oposição para discutir a governabilidade do próximo presidente.

- Eu nunca vi a oposição se negar ao diálogo. A oposição cumpre o seu papel, critica, em certos momentos pode até acirrar mais disputa, mas a tradição que eu conheço no Brasil é da negociação - afirmou.

Aldo acredita que a "união de forças" entre o governo e oposição será essencial ao próximo presidente da República.

- Qualquer que seja o presidente eleito, e em qualquer circunstância, o país precisa da união de forças políticas, sociais, econômicas, intelectuais, para superar os obstáculos ao seu crescimento, a justiça social. Não é necessidade de um governo A ou B - disse.

Ele espera um tom mais brando nos debates, por parte da oposição, na última semana antes do segundo turno:

- Não creio que haverá agressividade e ironia além do limite da disputa.

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