Adoçantes artificiais aumentam apetite, segundo estudo

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Publicado Quarta, 13 de Julho de 2016 às 08:21, por: CdB

Substitutos do açúcar afetam área do cérebro que estimula fome e incentivam consumo de mais calorias. Pesquisa liderada pela Universidade de Sydney conseguiu relacionar alterações neuronais ao consumo da substância

Por Redação, com DW - de Berlim:   O consumo de adoçantes artificiais como substitutos do açúcar provocam o aumento do apetite, mostra um estudo publicado pela revista especializada Cell Metabolism.
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Substitutos do açúcar afetam área do cérebro que estimula fome e incentivam consumo de mais calorias
O Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney e o Instituto Garvan de Pesquisa Médica concluíram que a substância gera um efeito na parte do cérebro que estimula o apetite e altera as percepções de sabor. Apesar de ter menos calorias, os adoçantes causaram o aumento de peso nos animais testados na pesquisa. – Depois da exposição crônica a uma dieta com adoçante a base de sucralose, vimos que os animais começaram a comer mais – afirmou o professor Greg Neely, da Universidade de Sydney. – Descobrimos que dentro do cérebro, a sensação de doce é similar ao do conteúdo energético. Quando se perde o equilíbrio entre o doce e a energia por certo período de tempo, o cérebro calibra novamente e aumenta o total de calorias consumidas – explicou.

Testes com animais

A primeira parte do estudo foi feita com moscas que pousam em frutas. Após serem expostas por cinco dias a adoçantes artificiais, elas aumentaram o consumo de calorias em 30% em relação à dieta anterior, à base de frutas com açúcar natural. A segunda parte da análise foi realizada com ratos que, depois de sete dias consumindo adoçantes artificiais, passaram a comer uma quantidade maior de comida e tiveram alterações neuronais. – O consumo crônico de adoçante artificial aumenta a intensidade do doce em relação ao açúcar real e consequentemente incentiva o animal a comer mais – diz Neely. Diariamente, bilhões de pessoas consomem adoçantes artificiais em todo o mundo. Esse é o primeiro estudo que identifica por que os adoçantes artificiais podem estimular o apetite. Outros efeitos secundários são hiperatividade, insônia e redução da qualidade do sono.

Lágrimas

Não adianta tentar adivinhar rapidamente se alguém chora de alegria ou de tristeza, de esperança ou simplesmente por causa de uma cebola cortada. Num rosto em prantos é tudo muito parecido. Mas não se engane: de bem perto, as lágrimas não são iguais. Essa constatação foi feita pela fotógrafa Rose-Lynn Fisher. Em 2013 ela fez fotografias microscópicas de uma centena de lágrimas diferentes e chegou à conclusão de que, dependendo do motivo do choro, a lágrima tem uma estrutura diferente. A experiência resultou no ensaio fotográfico "Topografia das Lágrimas".

Motivos não faltam

Por que choramos? Essa pergunta de muitas respostas talvez seja antropológica e científica ao mesmo tempo. Acredita-se que, na linha evolutiva, os seres humanos tenham aprendido a chorar porque, num determinado estágio evolutivo, a fala ainda não era tão desenvolvida, mesmo na idade adulta. Éramos como um bebê, que desaba em lágrimas pela impossibilidade de dizer o que realmente sente ou quer. Na sociedade atual, as pessoas choram por inúmeros outros motivos: raiva, rancor, recordações, depressão ou uma alegria que não cabe no corpo. Há também o choro simulado de um ator, ou de alguém que quer chamar a atenção e despertar solidariedade ou pena.

Função lubrificante

Apesar de as lágrimas mais comuns serem as do tipo emocional, há ainda dois outros tipos, com funções bem distintas. As do tipo basal lubrificam os olhos. E, quando cai um cisco no olho, são as reflexivas que ajudam a limpar o local irritado e livrá-lo da sujeira. Do ponto de vista biológico, não há qualquer diferença significativa entre o que cai de uma cara de tristeza, de irritação ou de alegria. São só gotas produzidas pela grândula lacrimal, com quantidades particulares de substâncias do nosso organismo. A aparência microscópica de cada uma, porém, varia, como demonstrou o trabalho de Fisher.

Composição química

Lágrimas são feitas de água, sais mineirais, proteínas, anticorpos, enzimas e gordura. Quando fabricadas em excesso pelo corpo, acabam drenadas pelo nariz. Nesse caso, somos às vezes forçados a pedir um lenço emprestado. Se não há lenço nem ninguém por perto, não importa. Sentimentos, alertam especialistas, não podem ser poemas presos. O choro é uma forma orgânica de, sem palavras, libertá-los, sejam eles bons, sejam ruins. Então, não se preocupe em expressar de vez em quando, no rosto, um atlas do que você guarda dentro de si. É bonito, é único e é sinal de que a saúde vai bem.
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