A nova onda dos Engenheiros do Havaii

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Publicado Terça, 10 de Dezembro de 2002 às 16:35, por: CdB

Os Engenheiros do Hawaii estão com álbum novo na mesma prancha. Surfando em karmas e DNA (Universal) - 13º disco desses 15 anos de estrada - segue a mesma fórmula dos anteriores, com faixas empolgantes, mas nenhum destaque. Para o vocalista Humberto Gessinger, de todas as formações, esta foi a que amadureceu mais rapidamente. "Dividi as guitarras com Paulinho Galvão, que foi super versátil", conta o cantor, que conheceu o companheiro quando ele tocava com Paulo Ricardo. O baterista Gláucio Ayala é quem faz os vocais de apoio nos shows. "Ele é o cara de melhor astral com quem eu já toquei", diz o vocalista. Já o baixista Bernardo Fonseca, o caçula da banda, com apenas 20 anos, foi quem ficou com a parte mais delicada, "porque este era o meu território desde o segundo disco do grupo", explica o ex-baixista Gessinger, aos 38 anos. Em pouco tempo, o Bernardo achou a medida certa entre a tradição da engenharia havaiiana e a própria personalidade. "Freqüentemente me esqueço que já toquei baixo nas músicas", confessa o cantor. O som de Surfando está mais limpo do que os trabalhos anteriores. O disco abre com a faixa-título, que a banda já tocava nos shows. "No estúdio acrescentamos uma pequena orquestra", diz o Gessinger. A 3ª do plural foi escrita em 1994, "mas só agora achei o arranjo certo". Pode até ser empolgante, mas a letra deixa a desejar: "Eles querem te vender, eles querem te comprar/ querem te matar (a sede)... eles querem te sedar". A quinta faixa, Nunca mais, foi gravada para fazer parte do "Tchau Radar" (1999), "mas na época não gostei da minha voz", confessou o vocalista. A canção é uma versão de Lullaby, de Shawn Mullins, e uma das melhores de se ouvir do CD. e-Stória nasceu de uma troca de e-mails com Carlos Muniz. "Montamos a banda em 1985 em Porto Alegre, mas não nos falávamos fazia muito tempo", descreve. Até que um dia, ele recebeu em seu correio eletrônico uma mensagem com o nome dele. Mas, como poderia ser um trote, Gessinger retornou com uma pergunta que só o próprio saberia responder: "diz aí qual é o crepe preferido do Pitz (primeiro baixista do grupo)". A resposta veio em seguida: "crepe de banana". A senha estava correta! "Musiquei nossa conversa eletrônica" com acordes de forró misturado com rock. As 11 músicas quem compõem o trabalho mostram os engenheiros surfando ancorados. A fórmula já está meio batida, o que pode ser conseqüência da instabilidade da formação do grupo.

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