14 mortes por Mulheres-bomba em um show de rock em Moscou

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Publicado Sábado, 05 de Julho de 2003 às 17:29, por: CdB

Duas mulheres-bomba trouxeram a violência dos separatistas chechenos de volta à capital russa, neste sábado, matando a si mesmas e a pelo menos 14 outras pessoas em um show de rock ao ar livre em Moscou, segundo as autoridades. O ministro do Interior, Boris Gryzlov, atribuiu o ataque a separatistas chechenos inconformados com o plano apresentado na sexta-feira pelo presidente Vladimir Putin para realizar eleições na Chechênia, em outubro. Uma criança está entre os mortos no atentado, ocorrido numa ensolarada tarde de verão no aeroporto de Tushino, onde dezenas de milhares de pessoas assistiam a shows de conhecidas bandas russas. Segundo a polícia, pelo menos 60 pessoas ficaram feridas. Gryzlov e o prefeito de Moscou, Yuri Luzhkov, foram ao local e ficaram atrás de uma barreira, observando o corpo de uma jovem morena com uma perfuração no abdome. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo atentado, o pior em Moscou desde outubro de 2002, quando os separatistas fizeram 700 reféns em um teatro. Aquele incidente acabou com muitas vítimas, com uma invasão militar. Segundo o vice-ministro do Interior, Rashid Nurgaliyev, as investigações iniciais já apontam para a participação dos chechenos no atentado de sábado. "Foi estabelecida que uma das terroristas tem vínculos diretos com líderes de grupos engajados em atividades ilegais na Chechênia", afirmou ele a uma TV. As mulheres-bomba foram impedidas de entrar no local do concerto e provocaram a explosão em frente às bilheterias. O show foi sendo paralisado aos poucos, para evitar pânico. Cerca de 200 ônibus foram usados para retirar o público. Na platéia, muita gente nem sabia das explosões, que aconteceram com uma diferença de 15 minutos. - A primeira explosão foi bem forte. Havia pedaços de tudo voando acima dos postes de iluminação - disse a testemunha Andrei Tsvetkov, de cerca de 30 anos. - A segunda aconteceu em uma passagem subterrânea. Quando cheguei lá, vi uma área de 10 metros quadrados coberta com plástico. Não houve pânico, mas com certeza as pessoas estavam em choque - completou.

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