O morro do Vidigal, na Zona do Sul do Rio, será a segunda favela da cidade a cadastrar moradores para a regularização fundiária. O presidente da Associação de Moradores do Vidigal, Régis Pereira, disse que praticamente toda a comunidade é a favor da regularização, mesmo tendo que passar a pagar o imposto municipal sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
- Esse é o sonho dessa comunidade, cheia de imigrantes nordestinos. E o meu também, pois vim de Pernambuco há 35 anos - afirmou Pereira - Com a posse, a gente poderá ter certeza de que aquilo ali é nosso e que ninguém vai tomar - acrescentou.
Vizinha do Vidigal e rival no comando do tráfico de drogas, a Rocinha foi a primeira favela do Rio em que o Ministério das Cidades deu início, há dois anos, ao processo de regularização fundiária. Segundo o presidente da União Pró-melhoramentos da Rocinha, William de Oliveira, que também participou da cerimônia, o investimento do ministério foi destinado ao cadastramento das famílias de 4 dos 36 sub-bairros da favela.
Oliveira disse que ficou surpreso ao saber que a Rocinha não será contemplada com recursos desse novo investimento de R$ 1,5 milhão. Inicialmente, o orçamento previsto era de R$ 4 milhões e contemplaria as duas comunidades. Márcio Fortes disse, contudo, que o restante do dinheiro será liberado, mas sem data determinada.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Rocinha tem 16.999 residências e o Vidigal, 2.757.