Juiz da Corte de Falências de Nova York, Robert Drain assegurou à Varig o direito de manter seus aviões enquanto negocia a dívida com os credores. Ele manteve, nesta quarta-feira, a liminar que impede o arresto de 40 aviões da companhia. A ação foi motivada pela falta de pagamento das prestações do aluguel dessas aeronaves às empresas de leasing localizadas nos EUA, que agora precisarão esperar até 13 de janeiro, quando vence o novo prazo concedido.
Em novembro, o presidente da TAP, Fernando Pinto, garantira ao juiz o pagamento de US$ 44 milhões, que correspondiam à compra de recebíveis da companhia junto a credores. Mas o presidente da Varig, Marcelo Bottini, já fala em pagar, a prestação, US$ 20 milhões para as empresas de leasing. Da outra parte, os credores da Varig decidiram, em encontro realizado nesta terça-feira, abter-se de qualquer pronunciamento diante de qualquer plano de recuperação da companhia apresentado pelo grupo Docas, de Nelson Tanure, à espera de uma decisão do juiz norte-americano.
O prazo da empresa aérea brasileira, agora, é até o final do expediente comercial do próximo dia 13, uma sexta-feira, para apresentar uma proposta capaz de convencer a Justiça dos EUA de que os pagamentos serão honrados com os proprietários das aeronaves. Caso contrário, o risco é de perder cerca de 40 aviões e, com isso, aprofundar os sintomas da crise financeira que atinge a empresa.