Unasul vai manter suspensão do Paraguai até eleições, diz Equador
LIMA, 30 Nov (Reuters) - O bloco de nações sul-americanas Unasul manterá o Paraguai fora do grupo até que aconteçam eleições gerais em abril do ano que vem, ratificando sua postura contra o governo que assumiu após a destituição, em junho, do ex-presidente Fernando Lugo em um questionado processo de impeachment.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse à Reuters nesta sexta-feira em Lima que essa postura foi confirmada na reunião de presidentes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
"O que se estabelece é que a Unasul mantém sua postura até as próximas eleições" de 2013 no Paraguai, afirmou Patiño às margens das reuniões do bloco em um hotel na capital peruana.
"O que a Unasul poderia fazer é analisar a possibilidade de participar com sua comissão eleitoral no processo eleitoral. Mas não vai reintegrá-lo até depois (do pleito)", acrescentou.
Após a destituição de Lugo, o governo do novo mandatário Federico Franco ficou praticamente isolado na região. Além da Unasul, o Mercosul também suspendeu os direitos políticos do Paraguai no bloco.
A pressão regional representa riscos potenciais para a complicada economia paraguaia, que depende dos portos de seus vizinhos Argentina, Brasil e Uruguai para o transporte e o abastecimento de bens e a exportação de seus produtos.
(Reportagem de Patricia Vélez e Omar Mariluz)
Reuters