A fabricante de vagões Maxion e a concessionária ferroviária MRS Logística vão implantar um condomínio industrial ferroviário em Três Rios, na Região do Centro-Sul Fluminense. O compromisso foi assumido por meio de um protocolo de intenções assinado, nesta terça-feira, a Maxion, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) e a Prefeitura de Três Rios.
Para viabilizar o empreendimento, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico se compromete a conceder incentivos fiscais do Programa Rio Ferroviário.
Por parte da Maxion, que pretende investir no novo condomínio R$ 5 milhões, o empreendimento vai gerar 150 empregos diretos. Já a MRS planeja aplicar cerca de R$ 15 milhões na unidade. O condomínio industrial se destina à montagem de vagões e à fabricação de outros equipamentos.
De acordo com os planos da Maxion e da MRS, o empreendimento poderá ocupar as instalações da antiga fábrica da Santa Matilde, fornecedora de vagões e serviços ferroviários. Depois de três anos realizando serviços terceirizados, a Santa Matilde fechou em 2005, depois que a Justiça determinou a falência dela, a pedido dos credores.
O novo empreendimento vai reativar o pólo ferroviário do Estado do Rio. A indústria ferroviária do Estado do Rio representou, no período de 1965 a 1987, em torno de 40% da produção brasileira e hoje representa menos de 10%. Na década de 80, a indústria ferroviária era responsável por 60% da economia de Três Rios.
Ao assinar o protocolo de intenções para a instalação do condomínio, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no Centro do Rio, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Maurício Chacur, destacou que a Maxion, de acordo com o documento, terá que adquirir no Estado do Rio serviços e materiais necessários à implantação do projeto, além de ter que importar mercadorias e bens pelos portos e aeroportos do território fluminense.
A Prefeitura de Três Rios se comprometeu a conceder incentivos municipais e parcelamento de débitos de IPTU para a área escolhida para abrigar o condomínio ferroviário, de acordo com o protocolo de intenções.