Trabalhadores da Varig vencem leilão de venda da empresa

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Publicado Quinta, 08 de Junho de 2006 às 09:55, por: CdB

Os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) venceram o leilão para a aquisição das operações domésticas e internacionais da empresa aérea pelo preço de R$ 1,010 bilhão ou cerca de US$ 438 milhões. Esta foi a única proposta apresentada na segunda etapa e não alcançou o preço mínimo estipulado na primeira fase,  de US$ 860 milhões, quando não houve apresentação de lances na manhã desta quinta-feira.

O leiloeiro Acir Joaquim da Costa, considerando que não houve nenhuma proposta no primeiro momento do leilão para a Varig Operacional nem para a Varig Regional, estabeleceu um prazo de cinco minutos para dar continuidade à operação. Na segunda rodada foram aceitas propostas com valor inferior ao lance mínimo previsto inicialmente, que era de US$ 860 milhões para a Varig completa, envolvendo as rotas domésticas e internacionais, e de US$ 700 milhões para a Varig Regional.

Cinco empresas se cadastraram para apresentar propostas para participar do leilão. São elas a TAM, Gol, OceanAir, Céu Azul (do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento) e TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), credor da empresa e atual proprietário da companhia no momento em que receber o sinal verde da Justiça.

Segundo o edital de venda, poderiam participar do leilão empresas brasileiras com sede e administração no país. Até no final da noite desta quarta-feira acessaram o data-room da Varig (sala virtual com informações confidenciais sobre a empresa) a Gol, TAM, OceanAir, TAP, o escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimentos que atua no Reino Unido e nos Estados Unidos, e a Amadeus (empresa de reserva de passagens). Para poder acessar as informações, cada empresa teve que depositar R$ 60 mil na conta da Varig.

Edital

O edital previa também que valeria no leilão o modelo que receber a maior oferta. Entretanto, no caso de propostas iguais para os dois modelos, vencia a proposta feita pela Varig Operações. A Varig está em recuperação judicial desde junho do ano passado. Ela foi a primeira grande empresa do país a se beneficiar desse processo, que substitui a concordata, já que a Nova Lei de Falências foi aprovada no dia 9 de junho de 2005 e a empresa entrou com pedido no dia 17 daquele mês.

Esse instrumento de recuperação protegeu a Varig de ações movidas por credores, ajudou a empresa a continuar voando, a iniciar um processo de reestruturação e sobreviver até o leilão.

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