
Thiago Silva não gosta de falar de si mesmo como jogador, de ressaltar suas qualidades. Zagueiro que joga o fino, daqueles de técnica invejável, ele foi considerado o melhor da posição no futebol europeu. Não é pouca coisa. Até mesmo para o modesto Thiago, que se sente privilegiado pela distinção. “Para quem passou pelos problemas que eu tive, com a tuberculose em 2005 na Rússia, é um privilégio ser escolhido o melhor na minha posição. Fico orgulhoso.
A trajetória de recuperação da doença até chegar à seleção brasileira, primeiro como reserva na equipe de Dunga e agora como titular absoluto, foi difícil, mas bem cumprida. “Agradeço muito a minha mulher, Isabele, e agora aos meus filhos, Isago e Iago, que mudaram a minha vida para muito melhor”.
Thiago Silva, evidentemente, não viu Belini e Mauro jogarem. Zagueiros como ele, foram os capitães do primeiro título mundial em 1958, na Suécia, e do bicampeonato em 1962, no Chile. Mas conhece a história dos dois capitães que levantaram a taça. “Conheço a história bonita dos dois e ainda de outros zagueiros que foram capitães da Seleção. Claro que seria a realização de um sonho levantar a taça de campeão do mundo, ainda mais no Brasil”.
Para conseguir o objetivo, Thiago Silva sabe que a trajetória será longa e difícil. Vê a Seleção Brasileira encontrando o seu caminho e considerou o jogo contra a Bósnia um bom teste, em que a vitória foi conseguida, apesar da dificuldade, com mérito. “Tivemos alguns problemas, a defesa foi muito exigida, mas acho que o saldo foi positivo.”