Um jornal paquistanês publicou uma declaração do dissidente saudita Osama bin Laden negando sua participação nos atentados em Nova York e Washington. Na declaração, no entanto, Laden deu total apoio aos ataques. Líderes árabes condenaram os ataques desta terça-feira, considerados "inimagináveis e horríveis". O presidente do Egito, Husni Mubarak, disse que ele estava triste com os ataques. Já o líder palestino Yasser Arafat disse estar chocado e qualificou o ocorrido como um desastre inacreditável. As reações variaram em uma região onde a política americana é considerada injusta a favor de Israel. Comemorações Arafat pediu também que os jovens que vivem nos territórios ocupados não manifestassem apoio aos atentados. Mas nos campos de refugiados palestinos na Cisjordânia e no Líbano tiros foram disparados em comemoração aos ataques. Muitos disseram que os Estados Unidos mereciam esta punição. Os árabes se sentem frustrados com o apoio dos Estados Unidos a Israel. Os movimentos islâmicos palestinos Jihad e Hamas negaram qualquer participação nos ataques, mas disseram que a política americana é a culpada pela tragédia. Mesmo com a negativa de Bin Laden, as suspeitas dos americanos continuam voltadas especialmente para o dissidente saudita e seus seguidores. O editor da BBC John Simpson disse que Osana bin Laden teria condições de coordenar um ataque como os desta terça-feira. De acordo com o editor, Laden tem 2 mil homens em treinamentos em campos localizados no Afeganistão, sendo a maioria deles árabes de países como Argélia, Arábia Saudita e Egito.
Rio de Janeiro, Segunda, 18 de Março de 2024
Terrorista nega participação mas apóia atentados
Arquivado em:
Publicado Quarta, 12 de Setembro de 2001 às 12:50, por: CdB
Edição digital