A decisão do PSDB de lançar candidato próprio e encabeçar a chapa governista que concorrerá à Presidência da República poderá inviabilizar a reedição da aliança que reelegeu o presidente Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno e limitar a coalização para a disputa no segundo turno. Essa idéia foi discutida hoje durante almoço entre os presidentes do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). A tese, lançada por Temer, será avaliada na próxima quarta-feira, quando haverá uma nova rodada de conversas entre os dirigentes do PMDB e PFL, que contará também com a presença do presidente do PSDB, deputado José Aníbal, para discutir a sucessão presidencial. "Estou convencido de que cada partido terá de lançar seu candidato no primeiro turno e reorganizar a aliança governista no segundo", afirmou Temer, para quem a tendência pelas candidaturas próprias estão se consolidando nos partidos, dificultando assim a coalização governista. O lançamento de um candidato único do PMDB, PFL e do PSDB no primeiro turno serviria, na avaliação de Temer, para antecipar a polarização das eleições que deveria ocorrer no segundo turno. "Além disso, eliminaríamos as brigas que já estão esboçadas nos partidos da base aliada", completou o deputado. Já o senador Jorge Bornhausen continua defendendo a candidatura única dos partidos que integram a aliança governista no primeiro turno. Mas ele disse entender que, se essa candidatura se revelar inviável, os aliados devem se preparar para se unirem no segundo turno.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Temer defende aliança governista só no segundo turno
Arquivado em:
Publicado Quarta, 12 de Dezembro de 2001 às 20:20, por: CdB
Edição digital