Talher

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Publicado Quinta, 12 de Junho de 2003 às 06:20, por: CdB
Reproduziremos hoje, dada a importância e atualidade deste debate para a implementação nacional do Programa Fome Zero, as matérias intituladas "Estados traçam estratégias para criação do Talher" e "Desafio do Talher é criar uma escola de militância cidadã" da ADITAL - Agência de Informação Frei Tito para a América Latina. Estados traçam estratégias para criação do Talher A participação de entidades dos movimentos sociais é fundamental para a composição dos talheres estaduais e municipais, que são equipes de educação cidadã, visando a execução do Programa Fome Zero, a partir de uma perspectiva horizontal. "Ou conseguimos desmontar o afastamento da população do governo com o povo ou incorreremos no vício da separação e distanciamento", afirma Ivo Poletto, membro do Talher Nacional. A idéia geral para as articulações dos "Talher" é a de que as relações entre os representantes do governo e o povo devem seguir a noção de abertura, criatividade e dedicação dos integrantes. As possíveis divergências entre os governos estaduais e municipais serão resolvidas com diplomacia, partindo da perspectiva de que os "Talher" são setores de mobilização social, unindo e convocando a sociedade para um trabalho de construção coletiva. As iniciativas que surgirem em cada Estado serão acompanhadas pelos comitês estaduais, de maneira que se propaguem as discussões sobre Segurança Alimentar e garantia de alimentação. A expansão será primordial para socializar as informações na aplicação do Programa Fome Zero. Em cada Estado, as articulações são peculiares, dependendo da localização geográfica e dos aspectos culturais. A dificuldade apresentada em muitas oficinas é a viabilidade da organização nas capacitações de grandes grupos. Piauí, um dos primeiros Estados a implementar o programa, aponta metas de ampliação do comitê estadual, De forma que haja membros de referências para articulação e capacitação em cada um dos 108 municípios que serão atendidos neste ano. "As entidades dos movimentos sociais no Estado são bem recebidas pela população local e o governo estadual petista pode facilitar os trabalhos", afirma Raimundo, da Obra Kolping. O Estado do Maranhão discute a problemática de distribuição de terras e o diferencial das discussões entre os quilombolas, os indígenas e os assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra que foram prejudicados devido à Base Militar de Alcântara, denuncia feita à OEA recentemente. Na Paraíba, as principais mobilizações giram em torno da descentralização do Talher estadual, atingindo o alto, médio e baixo sertão. O Ceará fez um planejamento de futuras reuniões. O processo de andamento dos "Talher" vai ser dividido em vários momentos. O primeiro momento está previsto para os dias 29 e 30 de julho, onde deverão participar aproximadamente cem pessoas. Na ocasião, deverão ser escolhidos os representantes de cada entidade para o Talher estadual. Este momento será para ampliar a discussão. Depois será planificado um segundo encontro, com três representantes de cada município, para criar uma rede entre as entidades e fazer as mobilizações. Cada entidade funcionará dependendo da sua área de atuação social. O Estado de Pernambuco discutiu a forma de realizar uma estrutura conjunta de entidades que possam ajudar no projeto. Também planificaram uma série de atividades que servirão para repassar e amplificar todos os assuntos conversados com os outros Estados. Como primeiro passo, eles pretendem realizar um processo de duas etapas, onde a primeira será um encontro com a participação de outras entidades convidadas e, um segundo momento, para mapear a atual situação nos Municípios. A idéia de articular e trabalhar em equipe foi também discutida pelo grupo do Estado do Rio Grande do Norte. Segundo eles, a forma mais eficaz de realizar os "Talher" é trabalhando como uma rede de entidades, articulando todas as empresas, ONG etc. O desafio imediato é identificar três pessoas para os
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