Sudoeste do MS terá indústria de biodiesel

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Publicado Segunda, 27 de Março de 2006 às 08:00, por: CdB

A produção de mais de 100 milhões de litros de biodiesel, combustível ecologicamente correto e extraído de fontes renováveis, é a meta colocada para a região Sudoeste do Mato Grosso do Sul por um grupo de empresários daquele Estado até 2010. O volume de investimentos de uma das empresas interessadas na commodity será, inicialmente, da ordem de R$ 41 milhões na implantação de uma indústria para transformação de óleos vegetais em Biodiesel.

Os empresários Maurício Möller e Ilton Vicentini diretores da Rural Biodiesel enviaram carta consulta prévia ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na qual solicitam financiamento desta instituição de parte do projeto da nova indústria. A princípio, empresa pretende produzir o biodiesel a partir do óleo de soja, abundante na região e hoje com preços compensadores. O biodiesel será destinado ao consumo interno e para exportação. A partir de 2008, o petrodiesel consumido no país deverá conter a mistura de 2% de biodiesel e 5% a partir de 2013. Somente para atender a demanda Mato Grosso do Sul e Paraná a partir do primeiro ano da exigência da mistura e levando-se em conta o consumo de 2005, os dois Estados consumirão 72 milhões de litros de biodiesel.

Umas das alternativas à soja, em médio prazo, segundo os empresários, é o pinhão-manso, planta perene, nativa das Américas e que produz grande quantidade de sementes, até 12 toneladas por hectare e alto índice de óleo, cerca de 38% de seu peso. A cultura do pinhão-manso já está sendo pesquisada pela empresa que implantou 16 hectares de lavoura em diferentes espaçamentos e tratos culturais e o comportamento produtivo das plantas está sendo acompanhado por pesquisadores da Embrapa-Centro-Oeste.

- O pinhão-manso certamente será uma grande alternativa de renda para os nossos pequenos agricultores e municípios da região Sudoeste do nosso Estado. É uma cultura perene, dificilmente afetada pelas intempéries climáticas e é altamente produtiva e lucrativa, além de preservar o meio ambiente. É uma verdadeira cultura de inclusão social, como quer o Governo e todos nós brasileiros - garante Maurício Möller.

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