Sharon e Abbas conversam sobre novos passos para paz

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Publicado Terça, 01 de Julho de 2003 às 17:47, por: CdB

O encontro desta terça-feira entre os líderes palestino e israelense terminou com uma possível redução na restrição de movimento imposta ao presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, impedido de deixar o seu escritório em Ramala desde dezembro de 2001. Segundo as primeiras informações, o encontro também teria tratado da reativação de comitês formados durante os esforços de paz dos anos 90 para discutir segurança, libertação de prisioneiros e questões legais Segundo a agência de notícias AFP, o porta-voz de Ariel Sharon, Raanan Gissin disse que os dois líderes tiveram um encontro "construtivo". O porta-voz da Casa Branca, que apóia o novo plano de paz, Ari Fleischer, disse que o encontro foi um momento encorajador. Antes do encontro, Sharon e Abbas fizeram uma aparição conjunta e falaram de seu desejo pela paz. Após um aperto de mão, os dois líderes disseram que seus povos não são inimigos. O primeiro-ministro israelense reiterou a sua promessa de fazer concessões dolorosas para que a paz possa ser alcançada, mas avisou que a sua responsabilidade primordial é manter a segurança dos israelenses. - Não haverá nenhuma concessão com terror. Não haverá paz com terror - afirmou Sharon. Abbas, também conhecido como Abu Mazen, disse que, pelo diálogo, os dois lados podem deixar o passado para trás. - Cada dia que passa sem um acordo é uma oportunidade perdida. Cada pessoa morta é uma tragédia. Então, chega de mortes, chega de tragédia, chega de dor. Vamos para frente - afirmou o primeiro-ministro palestino. O encontro entre Ariel Sharon e Mahmoud Abbas foi realizado à medida em que Israel finaliza os preparativos para a retirada das tropas da cidade de Belém, na Cisjordânia. As forças de segurança palestinas deverão retomar o controle da cidade na quarta-feira. A retirada será a primeira na Cisjordânia. Uma retirada parcial ocorreu no domingo no norte da Faixa de Gaza. O novo plano de paz para a região prevê a retirada de tropas israelenses de locais ocupados depois da atual intifada palestina, que teve início há três anos.

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