Seul realiza cúpula nuclear com ameaças ao Irã e Coreia do Norte

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Publicado Segunda, 26 de Março de 2012 às 04:46, por: CdB

Nestas segunda e terça-feira, realiza-se em Seul, Coreia do Sul a Cúpula sobre Segurança Nuclear. Na reunião, os líderes da mais de 50 países e quatro organizações internacionais discutem medidas para proteger materiais nucleares e instalações para evitar que sejam utilizados por “grupos terroristas”.
A primeira reunião deste tipo aconteceu em 2010 em Washington e tinha como objetivo impedir que o plutônio ou o urânio altamente enriquecido caíssem nas mãos de “terroristas”. Desde então, vários países, incluindo Cazaquistão, México e Ucrânia, transferiram material nuclear para áreas seguras.

Espera-se que seja aprovada uma declaração conjunta no encerramento dos trabalhos. Além da segurança nuclear, a Cúpula de Seul também servirá como um fórum de discussão sobre a segurança da energia nuclear, uma questão importante na sequência do acidente nuclear de Fukushima.

A reunião de cúpula de Seul está dominada pelo debate sobre os projetos nucleares iraniano e norte-coreano e a oposição dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão ao lançamento de um satélite espacial norte-coreano por meio de foguete, anunciado para abril.

De acordo com o jornal China Daily, o Ministério das Relações Exteriores da China emitiu nota afirmando que espera que a cúpula promova a cooperação internacional, aumente a segurança e impulsione a economia global. O presidente chinês Hu Jintao está participando do evento e já se reuniu separadamente com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Coreia do Sul, Lee Myung-bak.

Segundo a porta-voz da delegação chinesa, Qin Gang, Hu Jintao enfatizou na reunião que, recentemente, tem havido alguns desenvolvimentos novos na situação na Península Coreana, que têm atraído muita atenção da comunidade internacional.

A China tem mantido comunicação estreita com as partes interessadas, incluindo a República da Coreia (Sul), disse Hu.

"No momento, a situação na Península Coreana é muito complicada e sensível. Nós não esperamos ver uma reversão da dinâmica duramente conquistada de relaxamento da tensão na península", disse Hu. “Todas as partes devem manter a calma e a moderação, evitar o agravamento da tensão e, nesta base, buscar uma solução adequada”, acentuou o presidente chinês.

O presidente americano, Barack Obama, propôs nesta uma redução do arsenal atômico de seu país, junto com o da Rússia.

Em um discurso pronunciado para estudantes antes da abertura da reunião de dois dias, Obama enviou uma mensagem a Pyongyang.

"Quero me dirigir diretamente aos dirigentes de Pyongyang. Os Estados Unidos não têm intenções hostis em relação ao seu país. Nós queremos a paz", declarou Obama. Em seguida fez uma provocação e uma ameaça: "Mas deve ficar claro agora que suas provocações e a continuidade das armas nucleares não garantem a segurança que buscam, a reduzem", completou Obama na Universidade Hankuk de Seul.

"Não haverá recompensa para as provocações. Esta época ficou para trás", insistiu o chefe da Casa Branca.

Obama pediu ao presidente chinês Hu Jintao que tente convencer a Coreia do Norte a abandonar o projeto de lançar o foguete equipado com um satélite.

"A situação na Coreia do Norte e no Irã é muito importante para nós", disse Obama.

Jintao também expressou grande preocupação diante do projeto de lançamento de um satélite por meio de um foguete por parte da Coreia do Norte, segundo Ben Rhodes, vice-conselheiro para a Segurança Nacional da Casa Branca..

A Coreia do Sul advertiu nesta segunda-feira que destruirá em voo o foguete norte-coreano em caso de desvio e entrada no território sul-coreano no lançamento.

"Estamos preparando meios de acompanhamento da trajetória do míssil e o derrubaremos em caso de desvio da rota prevista e entrada em nosso território", declarou um porta-voz do ministério da Defesa sul-coreano.

O Japão também alertou que mobilizará seu sistema antimísseis.

Obama também fez advertências e ameaças ao Irã e afirmou que não resta muito tempo para Teerã demonstrar “boa vontade” e resolver, pela via diplomática, a crise sobre seu programa nuclear.

"Há tempo para resolver isto pela via da diplomacia, sempre prefiro resolver estas questões de maneira diplomática, mas o tempo está acabando. O Irã deve atuar com seriedade e o senso de urgência que este momento requer", declarou Obama.

Apesar das negativas de Teerã, Israel e vários países imperialistas e militaristas acusam o Irã de tentar produzir armamento atômico sob a fachada de um programa nuclear civil.

Igualmente, a Coreia do Norte tem reiterado os objetivos científicos de conhecimento do espaço da sua decisão de lançar em órbita um satélite.

Com agências




 

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