Setor siderúrgico encerra o ano em queda de 4,1%

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Publicado Terça, 20 de Dezembro de 2005 às 10:36, por: CdB

As empresas siderúrgicas brasileiras deverão fechar 2005 com queda de 4,1% na produção em relação a 2004. A previsão é do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), que indica para 2005 uma produção total de 31,6 milhões de toneladas de aço bruto. Em relação ao consumo aparente, as previsões apontam uma queda de 7,9% sobre 2004, com o setor fechando com uma produção de 16,9 milhões de toneladas.

Os dados divulgados pelo IBS sinalizam que a redução, no consumo aparente (relativo ao mercado interno) decorre da retração da produção na maioria dos setores consumidores, em especial o dá construção civil. Parte dessa queda, porém, é atribuída pelo IBS aos "ajustes de estoques por parte dos consumidores e distribuidores, às altas taxas de juros e aos baixos investimentos do governo" - um importante consumidor.

O IBS estima que o setor feche o ano exportando 12,6 milhões de toneladas de produtos com um crescimento de 5% na comparação com 2004. A receita, no entanto, deverá crescer 26,4% - atingindo o recorde de US$ 6,7 bilhões. "Este crescimento deve-se ao enobrecimento da mistura de produtos exportados, com crescimento da comercialização de produtos acabados e diminuição dos semi-acabados", diz o informe.

Otimismo

Presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Luiz André Rico, disse que o setor está otimista em relação a 2006, quando as estimativas para a produção indicam crescimento de 4,1%, volume que salta para 8,5% no consumo aparente - volume absorvido pelo mercado interno. O setor espera exportar 13 milhões de toneladas - crescimento escorado em uma expectativa de expansão de 4% a 5% no consumo aparente mundial, puxado principalmente pela China, cuja expansão deverá ser de 10%. O IBS, no entanto, trabalha com a possibilidade de retração no preço internacional do aço, o que poderá levar a uma queda na receita decorrente das exportações - que este ano atingiram o recorde de US$ 6,7 bilhões.

- O comportamento dos preços internacionais é uma das grandes preocupações da siderurgia brasileira, em razão da tendência de queda, devido em grande parte ao posicionamento da China, que tem passado da condição de importadora para exportadora de aço - afirma André Rico.

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