Série de explosões nas Filipinas mata sete e fere 100

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Publicado Segunda, 14 de Fevereiro de 2005 às 13:21, por: CdB

Pelo menos sete pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas em uma séria de atentados nesta segunda-feira nas Filipinas.

Três explosões foram registadas: um ônibus explodiu no centro de Manila, a capital do país, e outras duas ocorreram nas cidades portuárias General Santos e Davao, no sul do país.

O grupo rebelde Abu Sayyaf se disse responsável por pelo menos dois dos ataques.

Abu Solaiman, militante islâmico do grupo, disse que as explosões foram um "presente de dia dos namorados" para a presidente do país, Gloria Arroyo - o dia dos namorados é comemorado nesta segunda-feira nas Filipinas e em vários países da Europa.

- As últimas operações - planejadas e executadas com precisão pelos corajosos guerreiros do Islã - são a nossa resposta contínua às atrocidades cometidas pelo governo contra os muçulmanos - disse ele.

- Nós acharemos outras maneiras para trazer mais danos à vida das pessoas e suas propriedades, e não pararemos até que consigamos justiça pela vida dos muçulmanos e suas propriedades que foram destruídas.

Violência

Na cidade de General Santos, aparentemente foi usada uma moto-bomba estacionada do lado de fora de um shopping center. Pelo menos três pessoas morreram.

- Houve uma alta explosão, o chão tremeu. As pessoas gritavam e corriam em todas as direções - disse uma testemunha à agência de notícias Reuters.

Quase simultaneamente, um ônibus explodiu na cidade de Davao, deixando pelo menos cinco pessoas feridas.

O prefeito de Davao, Rodrigo Duterte, disse que o incidente "era trabalho de terroristas" e pediu para que "os assassinos sejam encontrados".

Após cerca de meia-hora, outra explosão atingiu um complexo comercial na capital do país, Manila, matando pelo menos três pessoas.

O chefe de polícia Antonio Billiones disse que os ataques poderiam ser uma tentativa de rebeldes muçulmanos que estão em conflito com o governo na ilha de Jolo de desviar a atenção para outras regiões.

- Ainda estamos investigando - disse ele.

- Mas podemos relacionar os ataques ao que está acontecendo em Jolo.

O governo está fazendo uma grande ofensiva contra o grupo rebelde Abu Sayyaf nessa ilha.
O confronto entre soldados e rebeldes na ilha de Jolo já dura uma semana. Cerca de 15 mil pessoas deixaram suas casas na região para fugir dos combates.

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