Ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares negou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, nesta terça-feira, que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza tenha participado da campanha eleitoral de 2002, ao contrário do que disse o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira em entrevista ao jornal O Globo. Delúbio negou conhecer o empresário Roberto Carlos Kurzweil, acusado de arrecadar dinheiro de bingueiros angolanos para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também negou conhecer qualquer arrecadação comandada pelo ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz para a campanha de 2002. Delúbio negou ainda que tenha havido formação de caixa dois nessa mesma campanha
Delúbio Soares afirmou ainda que não houve nenhuma doação de caixa dois na campanha presidencial de 2002 que ele tivesse conhecimento. Ele disse que foi procurado por diversos diretórios estaduais e pelos partidos da base aliada no início de 2003 por causa de dívidas. Ele confirmnou que pegou um empréstimo bancário pelas empresas de Marcos Valério.
O ex-petista também foi incisivo ao negar qualquer relação com o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. Ele disse que Waldomiro não participou da campanha presidencial de 2002. Delúbio negou conhecer também o empresário Roberto Carlos Kurzweil, acusado de arrecadar dinheiro de bingueiros angolanos para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na noite desta segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello negou um pedido de hábeas-corpus para Delúbio. Os advogados pediram que não comparecesse à reunião da CPI dos Bingos e nem fosse obrigado a responder a questões que pudessem incriminá-lo. Ele prestara depoimento na CPI dos Correios e na CPI do Mensalão, já encerradas.