Empresa têxtil de Famalicão e vidreira de Lisboa não pagaram nem o subsídio de Natal nem o salário de janeiro. Trabalhadores concentram-se nos portões para exigir o que lhes é devido.Artigo |1 Março, 2012 - 02:53Trabalhadoras da Fersoni querem o que lhes é devido. Imagem da RTP
As 90 trabalhadoras da fábrica de confeções Fersoni, em Famalicão, continuam a cumprir o horário laboral à porta da empresa, apesar de a administração as ter informado de que estão de férias até 6 de março. As trabalhadoras foram surpreendidas na segunda-feira ao se depararem com as portas fechadas após o regresso de uma semana de férias, sem qualquer aviso da administração. Ainda não foram pagos o subsídio de Natal e os salários de janeiro e fevereiro.
"Hoje, os trabalhadores receberam uma carta da administração, informando que as férias continuam até 6 de março, mas nós não queremos férias. Queremos é trabalho e o pagamento dos salários", disse à agência Lusa Fátima Coelho, delegada sindical da empresa.
Vidreira A União
Em Lisboa, os 23 trabalhadores da vidreira A União iniciaram um protesto por tempo indeterminado em frente à sede da empresa para protestar contra uma situação semelhante: salários e subsídios em atraso.
Segundo disse agência à Lusa Pedro Vicente, do Sindicato da Indústria Vidreira, além dos salários atrasados, os trabalhadores estão há quatro anos sem receber subsídio de ferramentas.
“Nós queremos falar com o patrão para tomar uma decisão. Ou a empresa é viabilizada e é alvo de uma tentativa de viabilização, ou não, e então vai cada um à sua vida. Deixar arrastar esta situação fica toda a gente a perder. Fica toda a gente a dever a toda a gente”, disse o sindicalista.
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