`Saddam precisa ser neutralizado`

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Publicado Segunda, 23 de Setembro de 2002 às 22:27, por: CdB

O primeiro-ministro britânico Tony Blair disse nesta segunda-feira ao seu gabinete que a política de "contenção" ao líder iraquiano Saddam Hussein falhou e que "o ditador do Iraque precisa ser neutralizado". Blair disse aos ministros britânicos que o Iraque continua construindo armas de destruição em massa. O primeiro-ministro falou sobre a questão iraquiana antes de um encontro emergencial do Parlamento britânico, que será realizado nesta terça-feira. Em uma sessão com a duração de duas horas, Tony Blair brifou os ministros sobre um dossiê em relação ao Iraque, preparado por seu governo, que será divulgado na manhã desta terça-feira. Preocupação Alguns ministros demonstraram publicamente preocupação sobre uma possível ação militar contra o Iraque. Mas o ministro das Relações Exteriores, Jack Straw, disse que o governo precisa ser "claro e firme" sobre como lidar com Saddam Hussein. Straw explicou que a comunidade internacional busca uma "resolução pacífica" para a ameaça representada pelo Iraque. Para o ministro, a comunidade precisa dar a Saddam Hussein a possibilidade de escolher o futuro de seu país, e o Iraque precisa conhecer as conseqüências que o não desarmamento pode trazer ao local. O encontro desta segunda-feira aconteceu em um momento que o governo britânico sofre uma grande pressão interna por conta da questão iraquiana. Muitos políticos acham que só deve haver uma ação militar contra Saddam Hussein com a autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Um rascunho de uma resolução da ONU deve ser apresentado nos próximos dias, estabelecendo o que o Iraque precisa fazer para colaborar com a inspeção de armas de destruição em massa. Mas os Estados Unidos e a Grã-Bretanha querem uma série de novas resoluções e compromissos de outros integrantes do conselho. Para Blair, "a verdade é que a política de contenção de Hussein não está funcionando". "Ele progrediu em seu programa de obtenção de armas de destruição em massa e precisa ser neutralizado". O governo britânico garantiu que as armas hoje existentes no Iraque não são "sobras históricas", mas estão sendo aperfeiçoadas. O vice primeiro-ministro do Iraque, Tariq Aziz, negou mais uma vez as acusações. Blair salientou que o dossiê, de 55 páginas, vai mostrar o problema de forma "real e precisa". Depois da reunião de terça-feira, Blair se encontrará separadamente com cada ministro para discutir a questão iraquiana.

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