RSF divulga relatório alarmante sobre a liberdade de imprensa na Internet

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Publicado Terça, 10 de Setembro de 2002 às 15:55, por: CdB

Até então, falava-se sobretudo de cybercriminalidade, a propósito da pedofilia, fotos ou filmes que põem em cena modelos que podiam se trocar em frente às câmeras, na Internet. Dizia-se ser necessário o controle, de acordo com os serviços de polícia, sobre sobre estas trocas ilegais de conteúdo pornográfico. Desde um ano, as coisas alteraram-se radicalmente. O 11 de Setembro conduziu, de acordo com a associação Reporters Sem Fronteiras (RSF), que publica um relatório alarmante. Colocaram a Internet "em liberdade supervisionada". Em suma: Os Estados não fizeram, ontem, nenhum comentário a respeito da pedofilia. Fizeram-no, com a prepotência a mil, a propósito dos "terroristas". A estes presume-se toda a repressão do mundo, segundo a potência militar. Que se trate dos países "tradicionalmente ataxados com alfinetes por seu descumprimento dos direitos humanos", como a China, a Arábia Saudita e a Tunísia, ou trate-se dos países ocidentais, todos, de acordo com RSF "apreenderam com oportunismo o contexto da campanha anti-terrorista internacional para reforçar os seus dispositivos policiais e legislativos de enquadramento da Internet". Exemplo: a China fechou 14.000 cybercafés e condenou cyberdissidentes a 11 anos de prisão. Os Estados Unidos instauraram em provedore de acesso um software de escuta eletrônico conhecido como "Carnívoro", para registrar todos os dados trocados pelos internautas. Em seu melhor papel, o de vaqueiro do Mundo, os Estados Unidos estão-se igualmente, sublinha RSF, "arrogando-se o direito de perseguir os piratas da Internet, que sejam ou não americanos, que ajam ou não a partir dos Estados Unidos".

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Edição digital

 

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