Reunidos em Londres, aliados prometem manter pressão sobre Gaddafi

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Publicado Terça, 29 de Março de 2011 às 11:39, por: CdB
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Representantes dos países-membros da coalizão que realiza a ofensiva militar na Líbia prometeram, durante uma conferência em Londres, manter a pressão sobre o líder líbio, Muamar Gaddafi, para que ele abandone o poder. O encontro em Londres reuniu cerca de 40 enviados de diversos países, além da Liga Árabe, da Otan, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para discutir o futuro da Líbia. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse, em coletiva após a reunião, que os ataques às forças pró-Gaddafi continuarão até que o líder líbio – cesse os ataques aos civis, recue suas tropas de locais onde elas entraram à força e permita que os serviços-chave e a ajuda humanitária cheguem a todos os líbios. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que a intervenção da coalizão internacional evitou um massacre no bastião rebelde de Benghazi (leste do país), atacado pelas tropas pró-Gaddafi, e deu uma chance de liberdade à Líbia. – A razão de estarmos aqui é que o povo líbio não pode buscar esse futuro (sem Gaddafi) por sua conta, afirmou. – Nós estamos todos aqui com um propósito único, que é o de ajudar o povo líbio em seu momento de necessidade. Cameron agregou que a cidade de Misrata (oeste do país) ainda está sofrendo com o que ele chamou de ataques assassinos das tropas líbias. – Recebi relatos de que a cidade está sob ataque por terra e mar, disse. O chanceler britânico, William Hague, disse que a própria conferência em Londres lançaria um novo processo político para a Líbia, mas agregou que o destino de Gaddafi e do país será decidido pelos próprios líbios. Segundo ele, o mundo inteiro está discutindo o futuro líbio, não só as potências ocidentais. Hague e Hillary chegaram a se reunir com representantes dos rebeldes líbios em também Londres, mas estes não fizeram parte da conferência. Ao mesmo tempo, nos EUA, a embaixadora Americana na ONU, Susan Rice, declarou ao programa de TV americano The Early Show que o governo de Barack Obama não descarta armar os rebeldes para ajudá-los a combater o regime de Gaddafi. Em comunicado, a Grã-Bretanha e a França conclamaram correligionários do líder líbio a abandoná-lo antes que seja tarde demais. No documento, Cameron e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmam que a conferência irá aproximar a comunidade internacional de modo a dar apoio à transição da Líbia de uma ditadura violenta para criar as condições para que o povo da Líbia possa escolher seu próprio futuro. Grã-Bretanha e França foram os defensores mais veementes da implementação de uma ação militar contra as forças leais a Gaddafi, que vinham avançando sobre áreas controladas por rebeldes que lutam contra o regime líbio. Os líderes dos dois países disseram que o governo líbio perdeu toda a sua legitimidade e deve partir imediatamente. Nos últimos dias, combatentes anti-Gaddafi retomaram o controle de cidades que haviam capturado no início da rebelião contra o regime, mas que haviam caído nas mãos de forças do governo. Entre as cidades retomadas estão áreas estratégicas no litoral do país e que contam com instalações petrolíferas, como Ras Lanuf, Brega, Uqayla e Bin Jawad. Mas repetidos ataques realizados por tropas leais ao regime impediram-nos de alcançar Sirte, a cidade natal do coronel Gaddafi e um alvo de forte simbolismo para os rebeldes.
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