Relatório diz que governo japonês considerou hipótese de esvaziar Tóquio devido à contaminação nuclear

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Publicado Terça, 28 de Fevereiro de 2012 às 03:49, por: CdB

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Às vésperas de os acidentes nucleares no Japão completarem um ano, um relatório informa que o governo japonês considerou a possibilidade de esvaziar a capital do país, Tóquio. O documento foi elaborado durante inquérito feito por um painel independente. De acordo com os peritos, integrantes do governo temiam que o desastre levasse ao colapso de uma série de usinas nucleares.

No próximo dia 11, faz um ano que houve um terremoto seguido por tsunami, o que levou a uma série de explosões e vazamentos nucleares, na região de Fukushima, no Nordeste do Japão. Em decorrência dos acidentes nucleares, o país mergulhou em uma crise interna: houve troca de autoridades no primeiro escalão, promessas de revisão do programa nuclear e mudanças na legislação.

Na ocasião dos acidentes, o então primeiro-ministro japonês Naoto Kan determinou que os trabalhadores permanecessem na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami, enquanto minimizava os riscos. A investigação foi feita por um painel formado por 30 professores universitários, advogados e jornalistas. O trabalho durou seis meses e envolveu mais de 300 entrevistas.

O atual primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, instruiu hoje (28) os ministros a fim de que orientem os moradores das cidades vizinhas à usina para que retornem às suas casas. Desde o terremoto seguido por tsunami, no ano passado, muitas famílias que tiveram de abandonar suas casas vivem em abrigos provisórios.

De acordo com os dados oficiais, quase um ano depois dos acidentes nucleares, cerca de 160 mil pessoas da região de Fukushima ainda vivem de forma provisória. Na tentativa de retomar a normalidade, Noda quer que os prefeitos das cidades vizinhas à usina se unam e troquem informações em busca de medidas para melhorar a situação.

*Com informações da emissora estatal de televisão do Japão, NHK, e da BBC Brasil // Edição: Juliana Andrade

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