Programa da Prefeitura de Ipatinga facilita a vida dos pacientes estomizados

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Publicado Sexta, 02 de Março de 2012 às 06:10, por: CdB

(02/03/2012) - Saúde públicaPrograma da Prefeitura de Ipatinga facilita a vida dos pacientes estomizados

A fim de melhorar a qualidade de vida e promover a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência, a Prefeitura de Ipatinga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disponibiliza uma rede de serviços para essas pessoas. O Programa de Atenção à Pessoa Portadora de Derivação Intestinal ou Urinária, desenvolvido na Policlínica Municipal desde 1999, por exemplo, atende atualmente 135 pacientes, a maioria vítimas de câncer de intestino, colo ou reto; traumas e perfurações dos sistemas intestinal, urinário ou de órgãos que comprometam as funções excretoras. O município disponibiliza, gratuitamente, bolsas de colostomia, urostomia e demais acessórios para recolhimento de material biológico (fezes e urina), que podem ser utilizados de forma definitiva ou temporária, dependendo do problema de saúde.

A maioria dos pacientes estomizados atendidos na Policlínica de Ipatinga tem acima de 45 anos, embora o programa tenha no cadastro crianças e inclusive recém-nascidos, conforme a enfermeira Valéria Reis, coordenadora do Programa Municipal, mantido com apoio dos governos estadual e federal. Ela informou que cada paciente recebe em média cerca de 10 a 15 bolsas e placas por mês. Geralmente, as bolas são substituídas num intervalo de três dias. “No mercado, uma caixa de bolsas e placas custa cerca de R$ 500,00. Por isso, o repasse dos acessórios é essencial para os pacientes”, afirma. O atendimento, que tem caráter regional, já que o município é considerado referência para o Sistema Único de Saúde (SUS), é realizado na Policlínica, de segunda a sexta-feira, no período de 8h30 as 13h30. Maiores informações pelo telefone (31) 3829-8564.

Conforme Valéria Reis, o estoma pode ser um sério limitador da qualidade de vida de pessoas obrigadas a conviver com essa condição. “A relação nossa com os pacientes estomizados é muito forte. Identificar e entender as peculiaridades de cada um faz parte desse processo. É essencial para o estabelecimento de protocolos assistenciais, visando à melhoria do cuidado prestado. Além do uso do equipamento correto, o estomizado requer um atendimento individualizado devido às transformações radicais ocorridas em sua vida”, explicou a enfermeira. “A nossa rede de assistência tem o objetivo de avaliar o paciente estomizado, garantindo o fornecimento das bolsas e acessórios, o acompanhamento desse usuário, a cirurgia de reversão quando possível, possibilitando uma melhor qualidade de vida dessa pessoa”, explicou.

Condições

Valéria Reis explicou que não basta oferecer a bolsa e os acessórios ao paciente estomizado. “É necessário oferecer condições de atendimento. Este é um grande avanço do Programa Municipal”, avalia. Para ela, a iniciativa faz parte de um conjunto de medidas que implicam em viabilizar a aplicação da política pública estabelecida pela portaria 1.060, de 6 de junho de 2002, do Ministério da Saúde, que qualifica o paciente estomizado como portador de deficiência. “Ou seja, o paciente estomizado tem o mesmo direito de um portador de deficiência, podendo inclusive comprar veículos adaptados com preços bem mais em conta”, disse.

A enfermeira da Policlínica Municipal informou que a quantidade e o tipo de bolsa que o paciente necessita deverão ser comprovados por meio do laudo e da avaliação médica do paciente. Os pacientes estomizados são encaminhados pelas respectivas Unidades de Saúde de Ipatinga ao Programa Municipal para o preenchimento de um cadastro. A documentação exigida é a seguinte: xérox do CPF e Registro de Identidade; número do cartão do SUS; comprovante de endereço; e o pedido médico. “Nós contamos com o suporte da família durante o tratamento, já que o objetivo é permitir que o paciente se torne independente para facilitar a troca das bolsas e garantir uma rotina de vida mais tranquila”, destacou. Uma parte dos pacientes do Programa Municipal é encaminhada pelos grupos de apoio aos pacientes com câncer, como Se Toque e Aapec.

Pacientes estomizados:

Vítimas de câncer de intestino, colo ou reto;

Traumas ou perfurações dos sistemas intestinal, urinário ou órgãos que comprometam as funções excretoras;

Pessoas que nascem sem perfuração do ânus.

Por: ACS/PMI

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