Polícia não tem pistas sobre desaparecimento de Miss Brasil

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Publicado Domingo, 04 de Fevereiro de 2007 às 11:46, por: CdB

A Scotland Yard ainda não encontrou evidências concretas que sustentem as denúncias de desaparecimento da ex-Miss Brasil Taiza Thomsen, vista pela última vez em Londres em novembro passado. Segundo reportagem publicada pelo jornal The Guardian, os agentes da Polícia Metropolitana sustentam que Taiza, de 24 anos representante do Brasil no concurso de Miss Mundo de 2003, não foi vítima de nenhuma quadrilha de tráfico de pessoas, mas sim decidiu se separar de sua família no Brasil.

Os detetives da Scotland Yard descobriram que a mulher trabalhou em clubes noturnos de Londres depois do último verão do hemisfério norte, e que manteve brigas com sua família, que desaprovava o estilo de vida da jovem.

- Ainda não sabemos se ela quer ser encontrada ou não - declarou ao The Guardian um dos agentes policiais envolvidos em sua busca.

Segundo os relatórios policiais, Taiza se instalou em Londres em julho passado e foi vista pela última vez pelo seu namorado em novembro de 2006 na capital britânica.

A modelo havia sido coroada Miss Brasil em 2002, quando foi descoberto que a verdadeira ganhadora do concurso havia quebrado as regras e estava casada. Depois desta premiação, Taiza viajou ao Panamá e para Nigéria a fim de representar seu país nas competições de Miss Universo e Miss Mundo.

Também foi divulgado que a jovem mantinha um romance com o ator e cirurgião brasileiro Carlos Machado.

- Ela teve várias proposta no Brasil, mas em nenhum momento esteve relacionada à prostituição - declarou sua amiga, Luisa Luchiari.

- Todas as modelos recebem estas propostas, é algo normal no Brasil - acrescentou.

Em troca, Taiza decidiu viajar a Londres para continuar com sua carreira de modelo, ainda que alguns de seus amigos pensem que na Inglaterra ela tivesse sido explorada sexualmente

Em uma recente entrevista, a mãe da Miss Brasil, Ângela, declarou que em uma conversa por telefone ocorrida em 5 de setembro, a jovem se negou a responder qualquer pergunta.

- Se negou a me responder as perguntas que fazia. Perguntei se ela tinha sido seqüestrada e a linha ficou muda. Nunca tivemos uma reposta - declarou a mãe.

A família de Taiza decidiu denunciar o caso perante a polícia brasileira, que está trabalhando agora ao lado da Scotland Yard para resolver o mistério sobre o paradeiro da modelo.

Carlos Millinger, presidente do grupo Abras, uma associação comunitária brasileira, declarou ter falado com um amigo que dividia o apartamento com Taiza.

- Eu estava no mesmo apartamento que Taiza em setembro e estou certo de que ela não foi submetida a nenhum tipo de coerção - destacou.

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